quinta-feira, julho 15, 2004

E foi dada a largada.....

 E começa a campanha.....
 
 Todos os candidatos, de uma forma ou de outra, lançam-se na corrida para a vaguinha de prefeito. Uns acenam com o grito do dinheiro, do poderio econômico. Outros apelam para a popularidade.
 
 O maior problema percebido é que, na maioria dos casos, a política ainda é vista como uma brincadeira de criança, como uma lógica própria, independente, das demais, ou como uma batalha improvisada, onde no final a verve de cada candidato faz a diferença, dane-se o planejamento.
 
 No panorama de São Lourenço essa lógica pode té funcionar, porém tenho lá minhas dúvidas.
 
 Além das qualidades inatas de cada candidato, um planejamento, uma busca de organização de custos, qualidade de propaganda, torna-se extremamente importante numa eleição.
 
 A maioria dos candidatos aqui apresentam perfis de direita, mesmo os do PT e PSB, mas alguns, acostumados a campanhas de pouca ou nenhuma grana, aprendem que o planejamento e uma real política de otimização dos custos é mais que necessária, é primordial.
 
 Percebe-se que o candidato do PMDB sai na frente nesse sentido, pois planeja sua campanha há muito. O candidato do PL, busca a economia, mas essa economia não atende uma gestão de recursos planejada e sim o medo de ausência de fôlego no final.Assim, busca-se uma conduta onde o planejamento é viciado em hábitos populistas e a total desvalorização de seu exército de candidatos ao legislativo vista com naturalidade, dado que o importante é a eleição majoritária. Não se percebe que a população hoje n ecessita mais que um prefeito, mas necessita de um legislativo de peso, com uma conduta ética exemplar, ética essa que a coligação que o apoia possui. Além disso, contenta-se com uma criação visual de baixo custo, mas também de baixa qualidade num quesito de extrema importância como a informação.
 
 Outro problema a ser levantado é não dar o peso necessário à conquista da elite e da classe média, abrindo espaço político pros três candidatos oriundos dessas classes sociais: Dr. José Celso, José Neto e Cássio Mendes.
 
 Ou seja, a ausência de planejamento pode custar caro numa eleição onde a base de apoio do candidato Tenório, composta de diversos partidos da base do Governo Lula, o perfil ético da coligação, composta de 90% da oposição responsável da cidade, e a popularidade inata do candidato poderia tornar extremamente fácil. Dá-se peso excessivo ao populismo desconjuntado e expontâneo e nenhum peso à elaboração de um plano onde exista uma política de metas. Olha-se a coisa toda até a metade. Ainda é difícil a derrota, mas dessa forma ela torna-se cada vez mais palusível.