sexta-feira, janeiro 16, 2004

Mundo Véio sem porteira

São Lourenço é tão característico que irrita.

O mundo todo busca excelência em qualidade, mas aqui se um trabalhador faz um curso de aprimoramento ele dança do emprego.

Motivo: aumento de custo.

O problema maior é que como cidade turística, o atendimento deveria ser excelente, e não é. O Turismo cai e todo mundo culpa a prefeitura, quando o pior é a mentalidade tacamnha destes quitandeiros que andam por ai, fantasiados de hoteleiros,etc....

A prefeitura daqui é horrível, corrupta, incompetente, mas neste caso ela é mais um flagelo a abater sobre a cidade.

A cidade em geral não se defende de nada, não busca crescer, quer viver da fama outrora alcançada.

Enquanto isso destróem as fontes de água mineral, roubam a prefeitura, permitem o êxodo de trabalhadores pra outras cidade, a ausência dos turistas ( em uma cidade turística), etc..

Mas, pelo que eu percebo, é mais importnate o problema do fichamento dos Americanos...

Êeeee, mundo globalizado véio sem porteira...

Militares anti-Chávez pregam


Chávez, com Lula, em Monterrey, dia 12; na mira dos marines?

Um grupo de ex-oficiais do exército venezuelanos opostos ao governo democrático do presidente Hugo Chávez fez um apelo aberto em favor de uma intervenção militar dos Estados Unidos para deter o processo de transformações em curso na Venezuela.

O oficial rebelde Luis Piña fez o apelo no programa de TV "Maria Elvira Confronta", apresentada por Maria Elvira Salazar no Canal 22 de Miami, na segunda-feira. A pergunta foi se ele concordaria com uma intervenção militar norte-americana e se gostaria de ver os marines dos EUA andando pelo território nativo venezuelano visando derrubar o presidente Hugo Chávez.

Pregação em TV de Miami

Piña, hoje na reserva e representando a organização anti-Chávez Todos pela Venezuela, respondeu que concordaria com a invasão americana, "junto com os 80% de venezuelanos que estão esperando que a intervenção dos EUA aconteça". A pessoa que acompanhava Piña na entrevista deu sinais de aprovação à resposta.

Mais tarde, no show/debate "Descalzi Vs. Brown", na mesma estação de TV, o convidado Silvino Bustillo, um coronel da reserva da Aeronáutica venezuelana, também expressou o desejo de ver seu país natal invadido pelos EUA e pediu ainda a intervenção de tropas das Nações Unidas.

O ex-coronel Bustillo foi um dos protagonistas do 11 de Abril de 2002, um golpe de Estado frustrado contra o governo democrático venezuelano; resultou na breve ditadura liderada pelo empresário Pedro Carmona. Bustillo, Carmona e outros participantes do golpe atualmente encontram-se em liberdade no exterior, depois de terem escapado das autoridades venezuelanas.

Pelego da CTV discute a hipótese

Os surpreendentes comentários dos militares dão credibilidade a recentes informações indicando que uma possível invasão norte-americana da Venezuela é respaldada por uma significativa porcentagem dos venezuelanos que se opõem ao presidente democraticamente eleito. Algumas análises locais argumentam que uma invasão estrangeira parece ser a única chance deixada àqueles que tentaram praticamente tudo para derrubar Chávez e instalar uma ditadura de repressão à maioria pobre. A hipótese foi discutida por proeminentes líderes oposicionistas, como o ex-presidente da corrompida central sindical CTV, Carlos Ortega, e o financiador da oposição Carlos Dorado.

Intelectuais simpáticos ao processo de transformações encabeçado por Chávez afirmaram que, dada a iminência da revelação pelo Conselho Nacional Eleitoral da fraude em massa cometida durante a coleta de assinaturas para o referendo contra Chávez, setores desesperados da oposição optarão por alternativas mais radicais para deter as novas mudanças em curso n Venezuela e outras partes da América Latina. Tais mudanças são o resultado do fracasso dos antigos governos da região, que seguiram os planos e políticas neocoloniais ditados pela administração estadunidense.

As declarações dos oficiais insubordinados somam-se a informações sobre rodadas de conversações entre representantes da Coordenadora Democrática, oposicionista, e organizações das classes ricas venezuelanas com membros do governo dos EUA. Os encontros parecem ter produzido declarações intervencionistas contra a Venezuela como as feitas pelos funcionários da administração americana Condoleezza Rice, Roger Noriega e Otto Reich, bem como o porta-voz do Departamento de Estado Adam Ereli.

Programa já entrevistou Pinochet

O programa "Maria Elvira Confronta" é um dos mais assistidos pela comunidade hispânica do sul da Flórida. Ele já recebeu pessoas como o ex-ditador Augusto Pinochet, que descreveu-se na entrevista como "um anjo que agiu por amor ao seu país".

As autoridades venezuelanas competentes decidirão sobre uma investigação em torno das alarmantes solicitações dos militares radicados em Miami. O incentivo à colaboração com uma invasão estrangeira do território do país constitui crime de traição, na Venezuela como em muitos países do mundo.

No mês passado, autoridades policiais venezuelanas solicitaram a colaboração da Interpol nos EUA para capturar os militares insubordinados e fugitivos antigovernamentais German Rodolfo Varela e Jose Antonio Colina. Os rebeldes evadidos estavam envolvidos nos ataques terroristas contra a embaixada da Espanha e o consulado da Colômbia em Caracas, em 26 de fevereiro de 2003. Em 20 de dezembro, os dois pediram asilo político em Miami.

Fonte: http://venezuelanalysis.com/

mumbai 2004 :Abertura do FSM hoje contará com personalidades de todos continentes




Hoje, às 16h de Mumbai (8h30, horário de Brasília), começa oficialmente a quarta edição do FSM. O evento de abertura terá desde apresentações musicais e de dança de grupos indianos e do brasileiro Instituto como também um ato político com a participação de personalidades reconhecidas internacionalmente na luta por um outro mundo.

Entre eles, destacam-se o brasileiro Francisco Whitaker, um dos idealizadores do encontro, a iraniana Shirin Ebadi (prêmio Nobel da Paz em 2003), os indianos V. P. Simgh (crítico literário) e Lakshmi Sehgal (líder da esquerda no país, primeira candidata mulher à presidência da Índia, em 2002), o palestino Mustafá Barghouti (co-fundador de uma rede de entidades de oposição na Palestina ao lado de Edward Said), o argelino Ahmed Ben Bella (líder do movimento de independência e primeiro presidente do país após a independência), além do britânico Jeremy Corbin (líder do partido trabalhista e que comandou a campanha anti-guerra na Inglaterra).

Nessa primeira conferência estarão presentes personalidades de todos os continentes, como uma demonstração da preocupação planetária do evento e sua intenção de romper ao máximo as fronteiras geográficas. Nesta edição já haviam se credenciado até a última quarta delegados de 132 países. A expectativa é de que em números o Fórum de Mumbai supere o de Porto Alegre. Alguns dos organizadores falam em 150 mil pessoas.

Realidade asiática

“Para os brasileiros que vieram a Mumbai, está sendo um choque cultural muito grande”, afirmou ontem Francisco Whithaker. Na véspera da abertura do maior evento internacional da sociedade civil organizada, a pobreza nas ruas da cidade que sedia a 4o FSM é assunto dominante nas conversas de brasileiros que chegam para o encontro. “Nunca vi tanta gente dormindo nas ruas”, disse Luiz Carlos Seixas, da Secretaria Municipal de Educação de São Paulo, sobre as centenas de pessoas que viu deitadas ao relento no trajeto do aeroporto até o hotel.

Confrontar os ocidentais com a dura realidade asiática foi um dos objetivos do deslocamento do FSM, este ano, da tranqüila capital gaúcha para a caótica ex-Bombaim, com seus quase 20 milhões de habitantes e ruas apinhadas de pessoas, carros e motocicletas. Para os organizadores, a grande diferença entre o 4o FSM e os três encontros anteriores em Porto Alegre é o evento estar sendo realizado em 2004 em uma cidade que é o retrato de toda a miséria produzida pelo capitalismo. Segundo os organismos internacionais, apesar de a Índia ter um dos mais altos Produtos Internos Brutos do mundo (13o maior, em 2000), 600 milhões de seus mais de 1 bilhão de habitantes vivem na miséria.

“Eu acho que isso (o choque dos brasileiros com a pobreza) faz parte do aprendizado de que somos uma só humanidade e de que somos co-responsáveis pela humanidade toda”, disse Whithaker. “Por que isso acontece na Índia? Quem já analisou, sabe que é todo um sistema econômico e político que determina isso”, disse o brasileiro. Na avaliação dele, a miséria, tanto na Índia como no Brasil, só acabará a partir de uma união da sociedade internacional. “Há toda uma descoberta de uma solidariedade planetária, que é um pouco o que está acontecendo no processo desse fórum”, explicou.

Últimos preparativos

As conferências, exposições e debates do 4o FSM serão realizados em pavilhões simples e empoeirados, em uma antiga fábrica que virou centro de exposições, na periferia de Mumbai. Ontem, dezenas de voluntários e operários ainda pregavam painéis, pintavam e varriam os pavilhões para que o local possa abrigar, com algum conforto, as cerca de 100 mil pessoas aguardadas pelo comitê organizador do FSM.

Apesar do atraso na preparação, o clima era de entusiasmo entre os membros do comitê e os brasileiros que chegavam para dar uma olhada no local. Havia temores de que o evento não chegasse a acontecer, porque os cerca de 100 grupos indianos responsáveis pela realização do FSM não receberam ajuda nem recursos financeiros da administração municipal de Mumbai, considerada politicamente de direita. “O fórum está mais bem organizado do que em Porto Alegre”, comemorou Whithaker, lembrando que, no ano passado, o evento começou sem que houvesse nem sequer um programa para ser distribuído aos participantes. “É a consolidação da possibilidade de podermos fazer fóruns como esse no mundo todo”.

No início da tarde, foi realizada no local a primeira atividade do Fórum deste ano: uma coletiva de imprensa dada pelo Comitê Indiano do Fórum Social Mundial. Nas primeiras horas da manhã do dia começaram a se formar as primeiras filas para retirada de crachás e credenciamentos. De todos os lados, os triciclos pintados de preto e amarelo chegaram carregando estrangeiros para o evento.

Surgimento

De 21 a 23, em Davos, na Suíça, ocorre o tradicional Fórum Econômico Mundial. Lá, economistas e representantes de diversos governos estarão debatendo o mundo sob a ótica neoliberal. O encontro nos Alpes suíços ocorre desde a década de 70 e foi a principal referência para a criação do Fórum Social Mundial.

Em 2000, os brasileiros Oded Grajew (hoje na direção do Instituto Ethos) e Chico Whitaker se reuniram com o diretor do jornal Le Monde Diplomatique, Bernard Cassen e tiveram a idéia de organizar um evento que iria "acabar com Davos", nas palavras do jornalista francês. Em 2001 e nos dois anos seguintes, 20, 50 e 100 mil pessoas respectivamente estiveram reunidas em Porto Alegre para mostrar e pensar um outro mundo possível, longe do modelo neoliberal.

Como espaço de troca de idéias e experiências por parte de entidades não governamentais, o FSM está mais do que consolidado, da mesma forma que os fóruns regionais e temáticos. O grande objetivo é encontrar formas de tornar mais concretas as propostas e alternativas pensadas e apresentadas no encontro.

Com agências nacionais


Brasil X futebol

Iimpressionante como se divorcia o talento do cérebro, como aqueles que deveriam ser estrategistas, utlizando suas melhores armas para uma vitória, são meros
"ajuntadores de jogadores".

Ricardo Gomes que me desculpe, mas se pra ele ser técnico é juntar jogadores que são excelente, mas no fim se esquecem do talento para serem marrentos, ele vai mal.

Quando jogador, Ricardo Gomes primava pela técnica e disciplina tática, era excelente em ambas, porém como técnico ele prefere ser excessivamente prudente e não dar nenhuma estrutura tática pro time, que segue seus impulsos apenas.

Não estou aqui falando em disciplinar a técnica, mas o espírito. Jogadores talentosos como os da seleção sub-23 do Brasil, não podem se deixar levar pelo excesso de vontade de uma seleçào e cair no truque básico sulamericano de enervar o jogo.

São campeões Brasileiros em sua maioria, caramba!

Quando o jogo precisar, deve-se ser melhor tecnicamente e táticamente, ocupar os espaços, pressionar o adversário, ter paciência e opções táticas, olhar o jogo, e finalmente fazer gols.

O que se viu ontem foi uma seleção que não tem nenhuma estratégia, não marca seriamente a saída de bola, dá espaços pro adversário, e na hora do talento, por não ter nenhuma opção estratégica, sai em bando e perdme para a tensào, ou seja, falta maturidade e técnico nesta seleção.

Estratégia é usar o melhor que se tem rumo à vitória, o que se viu ontem foi exatamente o contrário.

Espero que dê pra mudar a tempo.

Da série: Besteira é coisa que se faça 3 (É a última, eu prometo)

Da série Besteira é coisa que se faça?

Da série besteira é coisa que se faça?

segunda-feira, janeiro 12, 2004

Bom pacas

Uau!, Segunda a Gematria, meu último artigo escrito neste blog é assim:

The text you sent is
21% evil, 79% good



Ou seja, não sou tão ruim assim.

A gematria é uma ciência inventada por um doido que diz que a bondade ou a maldade podem ser medidas de acordo com os textos que a gente escreve, ou algo assim. Teste tb no site: http://homokaasu.org/gematriculator/rate.gas

Da série "títulos que gostaríamos de ver nos jornais"

Fonte: Homem chavão
"Parmalat chora o leite derramado."

Confirmado: Lula virou a casaca

Fonte:No Mínimo



Arthur Dapieve

12.01.2004 | Estou entrando com um pedido de impeachment do presidente Luiz Inácio Lula da Silva junto à CBF. Não ao Supremo, nem ao Parlamento, mas à CBF, entidade que regula o futebol no Brasil. Lula é torcedor declarado do Corinthians e do Vasco da Gama. Na terça-feira passada, porém, ao receber o presidente do Flamengo, Márcio Braga, o presidente do Brasil posou para fotos com o boné e a camisa do rubro-negro carioca.

Muita gente se escandalizou quando ele botou na cabeça um boné do MST. Eu me escandalizo é com o boné do Flamengo. Não por ser do Flamengo, mas por não ser dos seus clubes de coração. Sem querer, talvez apenas querendo fazer média com o clube mais querido do país, que tem 15% das simpatias nacionais segundo recentíssima pesquisa Ibope/Rede Globo, Lula forneceu a seus críticos a mais perfeita imagem do vira-casaca.

Desdizer compromissos de campanha, taxar os inativos do INSS, mandar os velhinhos para as filas, fazer aliança com o PMDB, expulsar radicais, propiciar mais um ano bom ao setor financeiro em detrimento do produtivo, aumentar o número de desempregados, ignorar a “prioritária” área social, cometer metáfora acaciana após metáfora acaciana, passar um terço do primeiro ano de mandato fora do país, elogiar o Kadafi, deixar a casa na mão do primeiríssimo-ministro José Dirceu, olha, tudo isso sou capaz de entender: é política.

Posar com boné e camisa de outro time que não o(s) seu(s) não: tem a ver com ideais. Para começar, já acho estranho um sujeito torcer para dois times, ainda que em estados diversos. Time do coração é como mãe, a gente só tem um. No máximo, a gente pode ter simpatias circunstanciais – ou torpemente pragmáticas ou lindamente desinteressadas, sem meio-termo – por outra agremiação. Sou Botafogo. Ano passado, logo entendi que o melhor para voltar à Série A seria torcer a favor do Palmeiras também., no sentido de irmos limpando o caminho do retorno um para o outro. Subimos ambos. Valeu, Verdão. Morreu aí.

Logo, o cara, qualquer cara, dizer “sou corinthiano e vascaíno” para mim equivale a dizer “sou socialista e fascista” ou “sou sagitário e peixes”. Não faz muito sentido. Mas, vá lá, vá lá, Lula é corinthiano e vascaíno. O que justifica, então, posar com a camisa do Flamengo Se um sujeito é capaz de trair ou ao menos de magoar seu coração – em nome dos 15% ou do charme pessoal do Márcio Braga, bem distinto, por exemplo, do Roque Citadini ou do Eurico Miranda, cartolas assustadores, sei lá – ele é capaz de tudo.

Nisso também, até nisso, minha gente, Lula se iguala a seu antecessor Fernando Henrique Cardoso. Em 25 de junho de 1995, após a decisão Fluminense 3 Flamengo 2, desempatada aos 41 minutos do segundo tempo para o tricolor pelo famoso gol de barriga de Renato Gaúcho, o então presidente declarou no Palácio da Alvorada, onde assistira ao jogo pela TV: “Cumprimento o Fluminense, que num jogo fabuloso, me deixou o coração saltando e conseguiu a vitória depois do empate heróico do meu time, o Flamengo.” Magnânimo, não

O problema era que todas as biografias do carioca Fernando Henrique reputavam-lhe vascaíno. A tal ponto que o senador tricolor Artur da Távola pensara em chamá-lo para assistir à final do Campeonato Carioca e fora desaconselhado por assessores do Planalto com o argumento “mas ele é Vasco...”. O presidente nunca desmentiu que era Vasco nem nunca desmentiu que deixara de ser Vasco, muito pelo contrário, tucanamente.

A favor de Lula, deve-se reconhecer que ele não se declarou rubro-negro. Apenas – se é que “apenas” cabe em assunto de tamanha gravidade – deixou-se fotografar com o boné e a camisa do Flamengo, o que é ligeiramente diferente. No entanto, o leitor palmeirense, digamos, o José Serra, deixar-se-ia flagrar com aparatos corinthianos sem ter reação alérgicas e estomacais Ou vice-versa Quero crer que não. Populismo tem limite.

O brasileiro perdoa todo mundo, o ladrão, o assassino, o fiscal, o corrupto, o corno. Perdoa até o chato, diferentemente do que cantou Cazuza. Só não há perdão mesmo é para o estuprador e o vira-casaca. Conheci um cara que trocou de time – o Fluminense pelo Vasco – no jardim de infância. Anos depois, até quem não o conhecia na ocasião provocava-o como “vira-casaca”. Vejam o caso do Chico Anysio, ex-América, há tempos Vasco. O casamento com a Zélia Cardoso de Mello foi esquecido. A troca de camisa, não.

A lição que talvez se possa extrair de ambos os episódios é que, no Brasil, quem quer que assuma a presidência não se torna neoliberal: se torna Flamengo.

P.S.: Nada disso, entretanto, chega a me dar saudade da ortodoxia do alvinegro Geisel e do tricolor Figueiredo.



dapieve@nominimo.ibest.com.br


Primeiro protesto: "Bush, entende, o México não se vende!"

Fonte: Vermelho



Uma passeata contra a Alca marcou ontem a véspera da Cúpula extraordinária das Américas, que começa hoje à tarde na cidade mexicana de Monterrey.

Mil manifestantes marcharam ontem cinco quilômetros, até a praça principal da cidade de 2,5 milhões de habitantes, no norte do México. Eles se detiveram a 200 metros do palácio de governo do Estado de Nuevo León, que estava cercado pela polícia. A passeata foi confocada por forças como a Frente Popular Terra e Liberdade e o Partido do Trabalho.

Hoje outras manifestações devem acontecer em Monterrey e outras cidades, pois é a data da chegada dos 34 governantes que participam da Cúpula, entre eles o norte-americano George W. Bush, que concentra as denúncias das entidades e movimentos populares.

"Bush, entende, o México não se vende!", "Bush, terrorista, está na nossa lista!" e "Bem-vindo Hugo Chávez!" foram algumas das palavras-de-ordem gritadas no protesto de ontem. Vemos a Alca (Área de Livre Comércio das Américas) como um projeto dos Estados Unidos para se apoderar da região, denunciou Ricardo Cantú, do Partido do Trabalho.

Horas antes, um pequeno grupo da ONG ambientalista Greenpeace fisera uma sátira em praça pública, com um deles usando uma máscara de borracha tendo as feições do chefe da Casa Branca. O falso Bush cavalgava uma tocha (também falsa) simbolizando o mundo em chamas.

O trajeto dos manifestantes é condicionado pelos muros metálicos préfabricados, de mais de 2 metros de altura, que o governo mexicano mandou erguer na cidade, isolando a área da Cúpula, como medida de segurança.




CÚPULA A PERIGO:Monterrey: não há acordo entre EUA e latino-americanos

Fonte: Vermelho

CÚPULA A PERIGO
Monterrey: não há acordo
entre EUA e latino-americanos

Divergências irredutíveis, sobre a Alca e outros temas, continuavam impedindo na noite de ontem a redação de um rascunho consensual da Declaração Conjunta da Cúpula Extraordinária das Américas. A Cúpula, começa oficialmente hoje à tarde em Monterrey, no norte do México, com a participação dos chefes de estado e de governo de 34 países americanos.

O subsecretário para América Latina del Ministério de Assuntos Exteriores mexicano, Miguel Hakim, informou que não havia acordo sobre quatro parágrafos do documento. Ele chegou a prever que as discussões irão até o final do encontro. É ele que vem presidindo as difíceis negociações, que esbarram em discordâncias entre as bancadas latino-americanas e a dos Estados Unidos.

Este é um episódio sem precedentes na história da OEA (Organização dos Estados Americanos), que promove a Cúpula de Monterrey. A praxe, nestes casos, é que o rascunho do documento a ser aprovado na cúpula seja acertado com uma antecedência confortável, com a construção dos consensos possíveis por parte dos representantes diplomáticos de cada país. Os governantes apenas assinam o texto já pronto.

Quatro parágrafos polêmicos

Um dos parágrafos de discórdia deve-se à oposição generalizada à proposta, reapresentada pelos EUA, de excluir da OEA os países considerados corruptos. Os latino-americanos argumentam que não haveria como estabelecer qual o grau de corrupção que justificaria a penalidade. E vêem na proposta mais um instrumento de ingerência estadunidense na região.

Outros dois parágrafos estão empacados por divergências entre os EUA e o Brasil, que é um dos pólos das resistências latino-americanas. Num deles, a delegação norte-americana insiste em mencionar a data de 1º de janeiro de 2005 para a implementação da Alca. O outro ela pretende fixar prazos para a redução das remessas de dinheiro dos emigrantes latino-americanos, dos EUA para seus países de origem.

O quarto parágrafo polémico é a proposta da Venezuela, de que se crie um fundo humanitário internacional.

"Há muita oposição"

Os latino-americanos insistiram para que a Cúpula das Américas se voltasse para a discussão da agenda originalmente acertada: pobreza, desenvolvimento econômico e social, democracia. "Há muita oposição", comentou ontem para a Reuters um delegado latino-americano que pediu anonimato. "A Cúpula é para reduzir a pobreza e fortalecer a democracia. Não devíamos permitir que ela perca este foco", agregou.

É sobre esta temática que falará o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, na manhã de terça-feira. O Brasil encabeçou a oposição à visão que punha as relações comerciais no centro do encontro. E, embora apoiando medidas contra a corrupção, critica a idéia de expulsar os países corruptos.

A Venezuela concorda. "Acreditamos que haveria o risco de que este mecanismo fosse utilizado como uma represália política contra qualquer governo", argumentou ainda para a Reuters o embaixador venezuelano junto à OEA, Jorge Valero.

Enquanto isso, começaram ontem, com uma passeata contra a Alca, os protestos contra a presença do presidente norte-americano geiorge W. Bush em terras mexicanas. Clique aqui e leia mais.

No pano de fundo das divergências, com os governos e mais ainda com os povos, está o resultado das políticas neoliberais preconizadas por Washington e aplicada, com gradações de zelo, por muitos dos governantes latino-americanos da década passada. A nova América Latina que vai emergindo neste início de século mostra-se bem mais rebelde que aquela dos Carlos Menem, FHC e Andrés Perez.

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, antes de embarcar para o México, exprimiu esta idéia em seu estilo peculiar e deabrido. Ele pediu que o governo dos Estados Unidos "entenda de uma vez que os governos entreguistas estão se acabando na América Latina".





Vota lá!!!

Após Férias

Depois das férias do computador e das férias do trampo eu voltei meio pesado, né?

Culpa da dureza da vida reale do aborrecimejto de er nego bom se destruindo por palhaçada e acabando por culpar quem está à sua volta por erros que só eles cometem. Mas no fim eu melhoro.

Política, Políticos e brincadeiras mil

Política é coisa séria, dizem por aí. Principalmente em cidades do interior.

Porém o que se percebe no dia a dia político é a imensa ausência de comprometimento com uma idéia clara, como uma vontade real de transformar a cidade em um lugar sustentável,desenvolvido, lucrativo e que cuide de seus cidadãos.

O pré-jogo das eleições 2004 não aponta realmente nenhuma surpresa, ele aponta as mesmas manias suicidas de uma elite até ética,mas burra como poucos, e o mesmo jogo mal caráter de um grupo que vive para fazer o papel de vampiro no filme de terror ético que assombra a cidade fazem dez anos.

Quem busca criar um meio, uma alternativa real, uma forma política de criar uma realidade onde a ética e a transformação da cidade em algo digno desse nome, leva a pecha de radical, de desequilibrado.E isso tudo porque se tem uma idéia que nomes vestidos de fraque são sempre a solução dos problemas.

Terceira via pra que, se nos acostumamos a ser mais uma cidadezinha do interior onde só existem dois partidos,o da oposição e o da situação?

Política real que pense em investimentos em trabalho pra que, se no fim das contas o que importa é apenas a satisfação do meu grupo político e depois a gente vê como se administra uma cidade?

Há ainda esperanças, porque existem forças na cidade realmente dispostas a mudar isso comum trabalho político consistente, rígido, confiante, com cabeça aberta paera novas idéias.

O engraçado é que a política repete o futebol, jovens talentos assumindo lugares de medalhões mumificados e lustrados, ao lado de medalhões espertos que perceberam que repetindo vlehos erros nãos e ganha nunca.

Vamos ver como fica o jogo, até porque ainda não sabemos se o juiz é ou não, Ladrão.

Gilson Moura Henrique Junior