quinta-feira, maio 10, 2007

Real

Lustre de almas penduradas nas ruas
Faca de osso na boca da ilusão
Show de retornos e dores inestimáveis
Suja resmungada irritação
De lama e rua indecorosa em nada, sem cor
Retorcida imagem de vida inumana então
Dejeto de corpo em vida
Já sem razão.


Parca rapinagem entregue à mãe do doido
Palhaça imagem de vil escravidão
Adjetivada ruindade sem decoro
Assalto à banco difere de revisão
Do cálculo imposto pelo meu estado do céu
Que inibe a visão dos sem cor, dos sem mãe no mel.

Casto ato de mãe na zona
De roubo da carga do estado
Faca nos cornos da puta loura
Que mata-se em cigarro
Dá-se asism o dia todo na rua
Na casa do alto funcionário
Na lama do barraco infestado
No ato do real imposto.

Pele de osso sem alma sem inferno ou céi
Cadáver de cor debulhando seu sangue no mel.

Autobiografia

Enquanto assim
Sou o mesmo que o resto
De todo dia que fui em mim
Um alto grau de Saci
Um sacerdote sem sins.

Enquanto um fim
Sou parte dos versos
Que obscrevo escuro em mim
Jogando letras prali
Cercando cercas de mim
Sacando dos delírios linhas feitas de um sorrisso atroz
Buscando deuses em nós
Sacando dos destinos da magias
O amor todo perfeito
Pelo amor do humano arco
Desejo
Intenso de risos
E sins.

Enquanto mim
Envelheço velho
Sendo minha alma inteira em mim
Não pago contas sem fim
Não perco almas de mim.