sexta-feira, julho 31, 2009

À espera da galera acordar


Se eu fosse mar teria à tarde como coisa nossa
Seria sol de bebê
Luz de sorriso melhor
Queria só alegria, brilhar pra gente sem chão
Parar de chover quando corresse o cordão.

Se eu fosse mar a casa toda ia ser dengosa
Do pé sairia canção, da mão o batuque, o pó
Seria o brilho da vida
Tudo só evolução
Em toda parte ondas de felicidade
Na unidade do imenso amor, da arte.

Feitos de voar teria gente que faria invenção
E tudo das pessoas teria o pó
Do mais iluminado sol da manhã
Tudo teria gotas de paixão
Estrelas penduradas no afã
De tudo já refazer
No peito, na raça e na boa vontade
Calando com danço o medo e o olhar com sacanagem
Na hroa do sonho impressa, alua do luar
Perguntava: quem era mesmo o mar?

Serei só eu o mar
Na espera da galera acordar?
Sera meu amor?
Ou seremos todos mar à espera da galera acordar.

Meu esqueleto quer ser zé


Meu deus do céu! se a vida é fria, o gelo é felicidade!
Se encasmurrar a invenção é ser o certo, o inferno é a bondade!
Se é condenável o carnaval, dê-me a vida em cana mesmo!
Pois mais do que ser certo meu sorriso quer ter paz
Sendo inteiro Brasileiro.

Rio inteiro, grito inteiro, xingo inteiro
Sem manual ou motorneiro
Sou eu mesmo e minha fé
E fé é feito a ginga que não tenho no esqueleto
Meu esqueleto quer ser zé.


Me dê meu pais!

Me dê meu país!
Não te quero a voz, quero mais, quero as barras de
florir
Quero o espelho que grita um jeito de ser sol
Uma extrema alegria
De sorrir orações
De soar
Como se imensa e certa canção de nos fazer voar
Quero a graça e a raça do riso que nunca veio do teu lar
Me dê meu pais!

Venha ver!


Meu grito é um cisco, um corte
Drible de língua no poste
Palavrura de gamela
Leite moça na tigela
Explendido riso sem boca
Leite de alma, gangorra
A rua que é medo, é fúria, é lua
É riso feliz de altura
Boa pra pular.

E meu riso é apenas um berro
Letra que esfria e pede
Um gesto, um adendo sincero
Um jeito de olhar
A cerca que me tenta cercar.
Que pegue!
Eu sou bom de voar!
Aprendi a pular,
Cê vai ver!

Respira chuva no embalo
Ladeira abaixo, no estalo
Do medo, do rumo caído
Mau de sonho decidido
Explosão de mundo que voa
Ladeira, rua, cabocla que desvia, olho assustado
A morte emprestando o cajado
Pra impulsionar.

Desvia da mente o inferno
Reza a alegria da peste
E um grito que espelha o que é belo
O som de voar,
O vento inteiro de voar.
Me empreste o tom de ecoar!
Tenta vir pegar,
Cê vai ver!

Rosto de moço, lua, galo
Olho de cunho estrelado
Roça a rua a vela, a velha
- Corre já, paço a tramela!
Ouvir balbucio de modorra
Aventura, lua solta, espadas e guinchos molhados
Do vento nas juntas de um barco
Baleia a derrubar.

Astronave de vento e de velho
Barco de caçar moleques
Baleias que pulam do inferno,
E O vento vem lá
Do interno medo de voar!
E breve, se reza por soltar
As barras do pai:
Quero ver!

E durmo e me entrego e morro
Acordo, balbucio socorro
Nem fujo, me entendo deitado
Negror de terror abrandado
Pelo sorriso que advinha
Um espaço detido na linha
Das paredes tecidas trilhas do olho que inventa batalhas e gingas
Vou fantasiar.

Badulaques de ginga, me espelho nas letras feitas sem prece
Dos Pans, dos Viscondes, me interno
Pedrinho a voar
Sou Hércules a festejar
Moleque:
- Vem pai, vem cá olhar!
-Aprendi a voar, venha ver!

Moleque perdido


No anteparo das palavras frescas
Me irrito em domingos entre camas e tretas
Deito agora entre tuas linhas e digo sorrindo:
-Cê vem, Baronesa?
E no espaço do sorriso e grito, me inclino à frente, destemido ator
Desatento piso no dormente, tolo e inconseqüente moleque explodidor.

Meio homem e farto de ruas
Mordido por dentro por dores de cabeça
E um medo de perder-te nua ao vento pendendo nas janelas cruas
Só me calo, menino fugido
Espelho do riso que te entrego vivo
E me torno teu homem besteira
Lume de alma cheia
Moleque perdido.

quinta-feira, julho 30, 2009

O eco de viver


Ri de rir
Fiz-me ir
Nas estradas de alguma cor
Talvez por vício do amor
Nasci de um bom cordel.

Ri de ir
Fiz-me rir
Querendo tecer bons astrais
Cansei de lutas desiguais
Sonhei em só ver sol.

E já vai
O cerne de meu céu azul
Amei amor, amo alguém
Nasci novo, o que vem?

Já nos vai a lucidez de uma vez
Já vem o eco de viver
Nossos sonhos perturbar.

Ser-te em vida


Amor é dar-me mar
É esquecer em vida de sonhar
Respirar luz em estrelas de um cais pintando enquanto ausente
Nascer em mim é amar.

E pálido e inverso a meu sonhar
Nasci você
Pra ver-me e me amar
Criando em mim a vida.

Amor é simples mar
Voar em nuas luas
Ser-me ar
Calar-me tem prol do som de a ti soar
Enquanto o ar que ecoa o som e a cor
De todo o renascer
Que é estrelar luas de você
Pra aprender a essência de ser seu
Amar é ser-te em vida.

Vida!


É o vulgo, o suor melado
É a extrema semana, é o sonho abortado
É a lama, é a lama
Música d'água
Extremos de sóis.

E nós que seremos aqui?
Uma estranha canção, um sorriso, um saber?
Seremos mais de dois na vontade do mar
Em tecer o nascer da vida?

É rua, é cimento, é pedágio
É a lua que emana, um jogo jogado
Uma nova Ana.
Seremos batalhas? Seremos a sós?

É fome de ver e de ser
Esperando o sabor do que não vou saber
Calejado de amor eu respiro invenção pra poder dizer:
Vida!Vida!

É mundo, é vivência, é enfado
É um sol que me arranha!
É teu corpo, é o tato de sermos semana!
Seremos areias deitadas ao sol?

Perguntas e nomes e reis
Esperantos de mãos que nos fazem nascer
Nós que somos amor adoidados na ânsia de beber o sol
Nós, vida
Nós!
Vida!


segunda-feira, julho 27, 2009

Tudo hoje é tão amor


Caem letras específicas dos dedos
E o amor conduz retratos, irmãos, sonhos, vidas
Pessoas, bichos, sóis
E eu sou um universo.

Ruma uma estrela enviezada e eu cego
Violento verso enxergo
Violo em sons um som, um véu
E espero um toque agudo em mim
Enquanto arde o azul em breves tons.

Espero o gosto de tua flor
Sonho com teu rosto e dor
Enquanto sumo entre espaços
Olho e disseco realidades, nomes
Ruas, estradas segundos
Sons que ecoam minhas preces.

Cato pedras nos caminhos, seco e espalho papéis pardos
Corto pedaços de asfalto, tempero e sirvo a quem me pede
E assim percebo que nada é feito pra mim
Calo-me enquanto ouço o som da luz
E espero saber sempre o amor
Este que é teu ardor.

Peço a algo um triste estalo
Calo o som do meu regalo
Me despeço de quem me espera
Olho e sinto tempos vindo e indo enquanto passieo em sons e mundos
Sou de ontem hoje e tudo
É simplesmente agora
E ecoa assim como se feito apenas em mim
Espero o som das luas novas
Vejo teu rosto em minha prece
E tudo é simplesmente bom e azul.

Como isso é amor?!
Tudo hoje é tão amor.


Sou o espelho de outro alguém


Espero um dia a mais
Corri por entre os trens
E ouvi o som
Das pedras gemendo.

Ruas me pedem uma paciência desenvolta
E aguardo o sinal trocar de cores
Apanho um segundo som
Entre guitarras do som audível
O Rock induzindo urbanidade
E seduzindo ouvidos nús.

Morreram carros no olhar
Enquanto esquinas me movem sem verem o espaço soar
Trilhas sonoras de inventos
Britânicas nesta cidade do azul
Onde guardo a cor de pedaços do meu mar
E espero um beijo, um corpo em parte eu
Construindo casas de lua nova.

Espero um sentido refém
Sôo e só
Sou o espelho de outro alguém.

Ribeirão de Salvador


Coisas de escrever verso
Adotam sonhos irreais
E enquanto ardem anjos pegados com a asa na botija
Resplandecem seios novos na boca dos animais.

Espíritos recomeçam a ser grades
Céus tornam-se pedaços de escolhas usadas por ditadores estrangeiros
A liberdade usa apenas um corpete surrado.

E assim nas praias de Juiz de Fora
Adultos comem ostras
Entre dedos e amor
Assustando os que mordem palavras
Versos fazem do mar um ribeirão de Salvador.

sexta-feira, julho 24, 2009

Questões


Se fosse possível sermos som
Se fosse preciso sermos som
Teríamos cores feitas de rosa e riso,
Estrelas giratórias de paraíso vivos e livres?

Se fosse preciso sermos nós
Se fosse possível sermos nós
Seríamos mais que o imaginário preciso de nossas esfinges?

Se as cores do nosso desejo fosse um dom
Se as vozes do medo que carregamos trouxessem o frio
Saberíamos dizer não a outro alguém?
Saberíamos comer o pão que vem de braços livres?

Seremos só nós?
O que somos nós?
Saberemos nós?
Somos reais assim?

Rir de preces mortas


Trezentas preces são jardins , são sins
Cores inauguram luzes de almas
Pessoas morrem, rezam uma voz
Crescem entre espasmos
Crescem espaços.

Segundos além do salto olho pra Deus
E morro um sim
Noto-me fim.

Elefantes costuram cruzes, dons
Budas descalços, ferem asfaltos
Há tanto Deus de cores novas, sons
Pétalas mágicas
Batuques, praças.

Pétalas de fé conduzem deus em mim
Estrelas rouges, freiras de desenho
E sou extremo em mim
Sorrio o alheio em mim
Aprendo a rua que não fui
Aprendo a rir de preces mortas.

Tudo começa.

Velha cruz


Já acordei
Olhei, vi
E escrevi dons entre mil preces
Quase como quem sorri vitrines.

Não olhei
Perdi, fui
Assim depressa em carros
Que corri por pernas vivas.


E já calado pelo ontem
Notei morros de alcaçuz
Sóis que morrem
Pétalas deitadas de rir.

Não fui som
Entre a ação de meus ônibus distantes
Fui pessoas que correm sem medo.

Se dormi e me perdi
Nasci mais cedo entre humildades solenes
E ruas sem murros.

Crianças correm amanhãs de uniforme
Vêem manhãs e acordam
Entre esferas de canções
E luas novas frias.

Já acordado pelos nomes
Sou lentes velhas de algo em mim
Teço fontes
E rasgo o cheiro do jasmin.

Sou homem, sou algo
Que espelha cores e rediscute invernos verdes
Se morri, já nasci
E sou pedaços de amores que costurei dos ventos.

Assim entre espaços de ontens
E futuros onde sou rir
Cato montes
Ruas que me dizem velha cruz.




quarta-feira, julho 22, 2009

Se põe em nós


Se eu rir, Dá-me ardor
Teu grito de amor
Como se falange de onze mil sonhos de pó
Gosto de te ver sendo-te flor
Grato pela alma!

Me dói a sós a cor da voz.

Dá-me toda a mim
Dê-te a mim a cor
Grandes entre os grandes sonhos ao longe da voz
Dou-te a ti o ser de meu amor
Grato pela alma!

A sós a voz, me dói atroz.

Dou-te a mim no solo de meu amor-paz
Dê-me a ti no colo de dormir, sonhar
Dê de mim àquele que te quer tornar
Sons de novas preces!

Dê-me a ti amor
Dê-te a ti o ardor
Creia-me o afã da alma alada entre bemóis
Sons de teu saber de mim o amor
Grato pela alma!

A nós a voz se põe em nós.



Feita de tua mão


Quase era de fingir sorrir
Era eu e a cidade ao chão
Tendo à mão pedras, porvir,
Nada de mim
Cacos de som.

Quase ensejo de descolorir
Em retratos negava-me o são
Respirava em gotas de não
Era eu mesmo o não
Um desorrir.

Hoje colori prantos, desenhei um ser
Fiz-me contas até de somar
Em pastéis costurei meu querer
Fiz-me cine de amor passar
Transei com rimas
Fiz-te canção
E Rio acima, corredeira prima, da minha paixão
Renasci verso e invenção
Fiz-me estranha e sortida estrada florida
Feita de tua mão.

A nossos passos


Se fosse de sorrir
Como esconder o ar de tempo que à gente
Faz parecer um sim, um vento de luar,
Enquanto o sal do mar nos dá o presente
De termos só ali o som de um momento
E o eterno milagre de feliz ser?
Tantas coisas passam sob o vento
Tudo é tão amor
E nós, talvez.

Se eu soubesse dizer o amor que cai de mim
Solene, Silente
Talvez soubesse ver o dom de renascer
Tecendo do luar um mundo à frente
Que invente do viver a ausência de certezas
Sacrificando tudo à beleza
Que não cabe nas palavras
Nem mesmo em Deus
Que só é o que convém a nossos passos
Que amados vêm.

segunda-feira, julho 20, 2009

Brilho de amar

Se o sonho de estrelas fosse do som
As gotas de beleza
Toda a calma que atrai a ti esta tua luz me costuraria ar
E em semblantes que comovem
Apareceriam marcas de cores tão cheias
Que criariam dias e crepúsculos vivos de nos despertar.

Dói sentir medo do medo
Neste amor de som vivo
De fantasia
Feita de pouca roupa e uma lua viva em cada olhar.

Mesmo longe, somos perto
Na música que rompe o medo que se cria
Na lucidez vadia de nos ver aurora
E brilho de amar.

UMA RESPOSTA SOCIALISTA PARA A CRISE CAPITALISTA



Debate com Alex Callinicos

A crise do capitalismo é global e não é só econômica, mas ambiental, energética e alimentar. E mostra que esse sistema não funciona.Os governantes e os capitalistas estão construindo sua saída, à custa dos trabalhadores, que resistem como podem.Mas a grande questão é: qual a saída que a classe trabalhadora deve construir?

Estas são algumas das questões que serão debatidas com Alex Callinicos, dirigente do Socialist Workers Party (SWP) da Inglaterra, organização-irmã do Coletivo Revolutas.

PARTICIPE! DIVULGUE!

Data: 27 de julho – 18:30h

Local: Senge (Sindicato dos Engenheiros – RJ), Av. Rio Branco, 277 - sala 1704 - Centro - Rio de Janeiro - Fone: (21) 2532-1398.

sábado, julho 18, 2009

Apenas só te pariu


Se fosse sol
Teria o espasmo dos atados a sorrisos
Teria o mar
Nas tetas, nas estrelas e no sangue
Que me é instante
Que me tange.

E já sou teu
Caçado e encalacrado nas alcovas
Me entrego teu
Inventado menino tão gigante
Entre as coxas
Entre as horas
Pernas que me esporam
Não sou meu.

Estrelas comemoram luzes de não ver
Guardo laticínios para derretar
Como o peito antigo a se renascer
A sós a lua ensina
Sóis são vida linda.

Meu coração te pariu
Minha arte é o sol que sorriu
Meu coração, sendo invenção
Apenas só te pariu.

Velha de estrela de novo amar


Gotas de anjos
Pedaços de feira
As velhas cidades nos conduzem estrelas
Velhas são as três mil novas bacantes
Velhas são estrelas de olhos olhar
Velhas repetem-se mares e fendas
Gotas de estrelas são nosso voar.

Gotas de espera, de amor, de lidas
Rasgue na calma da flor a cantiga
Dê-me a estrela de teus olhos tantos
Velha é a forma do verbo amar
Cresça na estrela da cidade velha
Rime a beleza do amor no olhar.

Muitos são risos
Muitos são ocultos, juntos, feitos canção
Seremos tantos, muitos, juntos
Somos estrela, talvez uym esperanto
Feito de jeitos e cores de amar
Somos a velha cidade mais velha
Velha de estrela de novo amar.

A nos ver escrevendo paz


Deixe o sol lá reluzindo-nos mar
Escreva a linda flor de seu sorriso
Grite um luar que nos teça acordar
Note-nos bem vivendo assim sentindo.

Olhei um vento e fui canção
Talvez meia lua
Aprendi deuses de paixão
Nudez de bruxas
Acordo a tempo de dizer tuas ruas
Posso até correr pro seu trem me tomar de meus ais.

Luzes de anzol
Cor de vento e de sol
Sabe? você aqui me é tão riso!

Dê-me teu mar
Nós na vida a olhar
E rua ao sul das ilhas dos meus medos.

Nada é tão longe, tudo é tão bom
E na poesia
A cor do ver é qual nascer
Sabendo dias.

Se é nossa casa esse chão é estrela e lira
Ou seremos você
A nos ver escrevendo paz?




Um jeito imenso amor de voar


Gosta de luar?
Vem sorrir pra rever lua mar
Entre as doces luzes do olhar
Gritar o sonho que vemos
Espelhos lisos de nos notar
Guardar toda essa fome de nós, do espaço, da fome lua
Escrever-nos inteiros
Mar.

Olhar, renovar
Ver-se em ser em estrelas de mar
Gostar de se ver sendo intenso
Caçando vento e gosto de amar
Deduzir magias enquanto a sanha de nós, de rua
Faz-nos ser inteiro gostar.


Da cor de olhar
De saber, de voar, de amar
Estrelas se tornam azuis de ser, de se tornar
Alvo imenso de muito olhar
Cataando o tempo de se crescer
De se tornar
Um jeito imenso amor de voar.



No chão de nos renascer


Menina de espaços
Espelhe o retalho de teu céu corrente
Nos olhos da gente
Redija a arte
E note o sol que vai
Pôr-se em ti, atrás das luas que espalham
Vozes e repiques
Menina, acorde deus com teu riso esfinge
Enquanto os espaços constroem-se em barro
Olhando a lua que sai a nos fazer mais que homens descrentes
Em sóis e viagens
Sonhos de nunca mais.

Grito e resmungo um passo, um dado, uma invenção
Entre os anzóis que me prendem indecente na tua boca e sol
E em luas de corpos, em ti
Esperei explosão de tudo solar
Gritei espasmos, senti teus retalhos de sol
Gosto de riso, sentido dormente de ser mais que rei
E enquanto os dons de vestir
Aprendem estrelas por serem manhã
Guardo o espasmo, me entrego retalho de sol.

Menina vá vento
Vá sim ser viagem
Adorne a lua atrás do teu sol de paz
E regue meu grito de amor e arte
Cantando coisas que jazem já longe demais
Espelhe o espasmo,o espaço e me grite
No chão de nos renascer.


De anjo olhar


Estrela e trilha
Sono de alma lavada
Espere o inverno e o céu que nos faz danças
Tudo é um Rio, um sol e um chão
Feito estrela, o sonso mar
Escreve rabugices de acordar.


Velha e tão singela Lua nova
Esperanças redigem sonhos humanos
Tudo é silêncio
Tudo é voar
Quintal deserto
Vento de mar
Olhos lembrando tempo de brincar.

Gritos ensandecidos
Espera clara
Sonho revoando menino cedo
Anjos de patas, focinhos, sons
Tantas belezas, tanto olhar
E meu sorriso aprender a revoar
Pela luz que aprendi com este olhar
De anjo, de anja, de anjos de mar
De olhar, de voar
De sonho de anjo, de anjo olhar.



quarta-feira, julho 15, 2009

Redivinal invenção



Me dê a armadilha das histórias!
Ulisses me ensinou a cantar glórias
Penélopes urdindo o tecer forte
O sal do sul
Enquanto os Deuses eram eras entre estrelas sós, sonhos nús.

Já acordei sorrindo em meio a pânicos
Já voei entre anjos e demônios
Brinquei de colorir a cor da morte
Entre o azul de mil mulheres lindas.

E por sorte achei a cruz
De todo este querer
E foi só eu aprender
A recuperar o mar
Que o esperanto de saber sonhar
Nasceu de uma canção
Me pegou pela mão
Sorrindo inventou o realismo em sins de cores nuas.

Penélope! Vem ver
Outro coração
Ulisses faz-se som
Redivinal invenção.







A história da arte nas flores


Deixe ali a rosa branca!
A Lua desmonta riso em cores acres.

Deixe a linha de esperanças
Entre as mil danças de saber das cores.


Sabe a arte que vem de fora?
É a história da arte nas flores.

Gotas de jardim


Posso deitar-me quieto um pouquinho?
Sugiro ser-nos som
Grave no alfabeto de signos
O que é nossa canção
E respiremos o ar de desalinhos
Desenhos de bom tom.
Posso deitar-me em cantos de teu dom?


Posso querer guitarras entre o sorriso de meu amor?
Seja na rua a voz das estradas em sentidos de bom pintor
Que responde na rústica classe o som de ser sabor
Cale-me em beijo fruto
Rime ardor.

Posso ser invenção de palavra, desejo, sol e mel?
Posso lacrimejar de risada, feliz, moleque,céu?
Grandes são os mil campos e espaços, tão lindos
O chão todo parece meu
Estrada é minh'alma sendo eu.

Posso emocionar as agruras de uma nuvem que é você?
Posso ter medo e amor e desejo e sonho de só te ver?
Gotas de uma semana me ardem
Tudo é tão viver
Ruínas de rua tangem meu saber.

Posso dormir teu cio no gosto nú de ver-te em mim?
Teci casas corretas, destinos, lavradios de sins
Roupas de beges fluidos
A Saudade força o sorrir em mim.
Posso saber teu amor em gotas de jardim?


segunda-feira, julho 13, 2009

Caçando o vão dos ventos


Morre o som das diatribes, das palavras
Sobram os pés mergulhados na existência
Não sorri ao notar nua a vida amarga
E ao perpetuar a morte ingênua.

Calo fins
E me reduzo em palavras
Calo a dois
Como tecendo contingências
A ouvir
A pulsação de vida alada
No hoje desta multidão de outros tempos.

Olho em fim
Pro não sentido
Para as asas
Deste azul que é outro dia tão sereno
Páro em vão
Contra o tempo das estradas
Tolo
Infante caçando o vão dos ventos.







O sal da invenção


Do sal arrancamos o sagrado
Pitadas são como saber
Do gosto faz-se o depois
O medo é a ausencia deste
Que ferve nas carnes e leites
O gosto intenso irreprimível
De transformar sabor em instinto.

Tempere a todo mundo com o sal das horas
Dê ao sabor de deus o gosto das eras
Um toque de ácida arte
É a gota de um coração
Pimenta rubra é o sal da invenção.

Sussurro do amor


É do amor a fome e o ver
De um sorriso, o leque apaixonado,
O ter o sentido simples de voar.

E o que eu sei,
Se toda verdade é bem maior?

Há requintes do amor
Que a fala sem sapiencia
É inútil explicando em mel o que adoça a existência.

Como explicar, mulher, o que é o sorriso?
Quase um carnaval de fé que resiste em se acorrentar
Ao medo de Deus
E assim um sinônimo de viver
Como se em dias de reis
As belezas escondidas nas ações
Sorrisos,canções, amizades retintas
Fizessem sambas da dor
Desenhassem flores com gotas do ardor
Que é o sussurro do amor.



Apaixonado e vencido


Em tempo!
Cada flor é sugestão de co-autor: O peito
Perceba a nata de todo respeito
Há um imenso "mas" em cada querubim que acerta a pena
Dos amores que vencem cansaços.

Nós não somos meninos, temos nossos regaços
Beijamos dor até o colarinho
A frase é tudo o que cala
A espera, o olhar, o que arde
É simplesmente o sentido
Desta forma de prazer
Que é superar o doer
Apaixonado e vencido.

Feita de esclarecer


Amo
De você todo o seu coração
Me desculpe se a linha eterna de minha paixão
É louvar o perpétuo sonoro gemido
De um bater compulsivo
Desta nuvem de invenção.

Deste teu coração o sol me deu
Um luminoso calor, me floresceu
Em ventos
Eternas luzes coloridas
Astronaves de paz, novo Deus de felicidade e vida.

Sonho em cores a tez de um bordeux tão fino
Quase que um carinho de perplexo bouquet
A tatuar seu sabor na língua e no cio
Como se uma dança feita de esclarecer.

domingo, julho 12, 2009

No respeito que contradigo


Se soubesse rimar ritmo com palavras desafios
Calava-me enquanto há tempo
Pois me acalma os destinos
Que contradizem-me invento.

Se eu soubesse amar filhos
Como amo teu umbigo
Que seria eu do vento?
Talvez sutil bom primo
Ou apenas contratempo.

Se minha doçura fosse o signo
Do ensino que cultivo
Perderia tanto o tempo
No respeito que contradigo.


Enquanto filha da aurora


Consuma o senso da dor
Respeite o grau inebriante
A fragilidade do ato desesperado
De cura enquanto instante.

Areje o centro da flor
Deste ato de represália
Contra a lua, os assassinos pobres
E a nudez sem mortalha.

Dê-se ao respeito estético
De saber que houve dor
Dê-se ao menos a resposta
De renascer enquanto filha da aurora.

Avise lá o amor, mãe!


Repentinos amálgamas
Giz
Cor de azul, mil palavras
Você
Repintados lírios
Dalí
Espertos desarmes do Rei.

Desejos de mil almas
Gentil
Crianças de vime
Xerez
Restos de café
Avis
Esperanças e calma
Londres.

Pintar de palavras
Jasmins
Versos estrelados de Deus
Tinta de letras que ri
Verso esse teu, amor que vem
Me dar palavra
Indo além das almas, das calmas
Avise lá o amor, mãe!


Com teu gosto e sorriso


Deixe-me dódoi de esperanças
Repentista de um velho jardim
Sou um ócio em buscas das lógicas
Rádio interno trocando seus sins
Pelos olhos de amor sem palavras
Surrurando estática de mim
Deixe-me surrupiar a lógica
Dá-me um blues do Jobim.

Quero ser dódói
Ter cuidado de avó
Respirar as flores deste teu sim
Me perder no sussuro das horas
Pelo intento anormal do jasmin.

Quero ser dodói
Cure-me a sós no invento do teu corpo com meu lírio
Cure-me a sós com teu gosto e sorriso.


Sorrisos tão puros


De amor sentido perfeito
Faz-me mudo em cinemas e desejos
Em sinas e linhas
Teça-me pertencimento
Cresça em mim explosão viva
Construa em meu peito Fortalezas perdidas.

Me fale da flor, da rua, dos sinos
Me ensine a saudade que espera
Enquanto o riso nos atiça a tentar fugir
Por novos mundos além.

De amor me faça paz
Já que inês está morta
Entre os destroços de onde faremos mais
Mais que novos mundos
De onde faremos mais
Destes velhos mundos
Criando assim sorrisos tão puros.

sexta-feira, julho 10, 2009

Nas tardes nuas do meu coração.


A luz do meu rir é tua alma
E tua alma tem o incidental das pétalas
Calo-me palavra
Em um afresco vejo a luz que repentina faz prantos
Terem cor bordô
Repare ao pé da escada um sonho querendo-te sorrir.

O mundo é feito de delírios e morcegos
A luz é o natural do mundo no meu jeito
Espere ver esta luz ser luar
E redecorar os fins de tarde com uma cor azul.

Se deliro arte em preces e tecidos e moleques
Não procure um sentido no que é que tem o lírio do motivo
Do desejo e de um mundo onde o espelho te reflete em meus sussuros
E em meio à iris renascem cores
Que pintam a flor do prêmio com um ar de revolta
E de horas onde vêm mais de cem tolas boas razões.

Tudo isso é similar a meu amor
E se desdiz a todo o tempo e confunde e faz mistério
Como um Happening extenso
E parte de tudo é o instante em que teu beijo é meu dia
Nada é mais importante.

Meu delírio é a parte prática deste meu modo de dizer que amo a ti.

Não tenho espadas
Minha única arma é um olhar que repete o de deus quando fala de amor
Não procure pensar
Respostas dão enfado
E verdades causam dores vis.

Só respondo arte
Tendo corações
Fazendo canções
Tendo explosões
Tentando imitar o mundo
Com versos cansados demais.


Todo delírio é a parte prática deste meu modo de dizer que amo a ti.

Veja o sol e me venha amar
Nas tardes nuas do meu coração.

Autoretrato para o amor


Eu sei a senha do amor de cervantes
Eu sei a sina do amor banal
Quero estradas de flores, quero ver voarem sem aparelhos
Pelos jardins do meu velho olhar
Que repete filmes velhos que vêm
Construindo ruas
Enquanto eu queria dormir
Tecendo-te em sonho
Contando hidrantes.

Criei um espelho e vi-te ali sorrindo
Não sou decente ou sonho colorido
Crio malasartes
Respiro sem querer
Gosto mesmo é de ver mundos quase demodês.

Não tenho piscina, nem amestradas visões humanas bem alinhadas
Quero o artíficie desta prisão também pagando suas sentenças
Meu riso é firme
Meu amor intenso
Eu desgoverno é meu estado inconsequente
De ser bombeiro de sonhos esquisitos
De ser presente no amor entre lírios
Quando acordo tarde eu gosto de nascer
Entre palhas e pedaços inteiros do teu ser.

Hoje eu só quero ser inteiro de você


A marca dos cortes nos peitos, na alma
Hoje à tarde o mundo é todo meu
O azul me fisgou pela fresta do primo olhar
Arde a tarde no meu ser.

Olhe agora!
Estrelas causam auroras!

O velho sonho costuma criar casas
Gosto de ver-te assim tecendo leis
Larga o medo no chão
Me seja espelho
Existe paz aqui?
Talvez
Pois meu espírito já sente o corpo soprando
Algo mais que um sorriso.


Olhei por amor, o amar das pessoas
E sonhei, como em prece, Amanhãs
E hoje eu quero gostar do mar
Que já há no amor de seus ais.

Me diz se o vento é mais doce ao sul
Hoje eu sonhei com teu mundo
E havia contas de cor de jasmin
Pedaços de tardes romãs
Cafezais em chícaras de chá
Contávamso ruas
Éramos nós, mais ninguém
Éramos todos um lugar
Era tudo nossa casa
E o sonho era um mar
Meu sonho é ser teu mar.

Sente o gosto do amar
Daqs pessoas e da prece que é a manhã
De ver-nos inteiros sendo o mar, o voar
Das verdades que há presa nas palavras
Feita de estrelas.

Hoje eu sorri com uma paz tão perene
Hoje sorri como um presente de pais
Que costuram verdades-mundo
Tudo é tão confuso
Que a esperança não é mais compreender
Hoje eu só quero ser inteiro de você.

quarta-feira, julho 08, 2009

Permita-me ser arte, amor?


Sonho detalhes de besteiras
Olhos de azuis, bananeiras
Casas de mar
Cheiro de amor, jasmins.

Revele-se! ó Companheira
Aceite a flor deste meu dom
Perdoe-me se hoje me falta graça
Se sou apenas explosão.

O Sonho é criar uma simples história de amor
Feita de mar, de sóis, beijos guardados
De flor.

Assim declaro-me tua presa
Feito de ausências de saber
Calada em passos feitos de sins.

Revele-se! Ó companheira
Presta sorrindo atenção
Perdão se o dom perde estribeiras
E morre em si, por ser canção.

O Sonho é voar por milhões de pedaços de cor
Como um jaguar pra conquistar teus lábios
Qual flor.

Sonho detalhes de estrelas
Feitas de espasmos de amor
Como se o ar pudesse me queimar.

Entrega-te! ó Companheira
Pois já sou só um coração
Feito de ti, de vida inteira
Feito de mim, só invenção.

Como ser mar se parte de minha face é a cor
De teu olhar?
Permita-me ser arte, amor?

Cadê Nega Preta?

O que fazer?
Fala menina! me ensina saber do amor do chão
Dizaê!
Rua colore e o amor fala não.

CaDê? Tá lá!
Fala Menina! Achou a flor do amor de ti?
Cadê? Tá lá!
Pedra e rosa plantaram amor em mim

Arrasta o pé in dance floor
Tudo é Preta beleza, beleza de preta
É Nega irmã de mão.


Cadê você?
Me explica a cheia da lua em belza e invenção
Diz aê!
Canta a pintura da vida na tua mão.

E vou casar!
E Negapreta vai dizer defoto luz de mim
E vou nascer!
Nega Preta ajudou no meu sim.

Arrasta pé in dance floor
Ilha vai conhecer preta
E amor de preta vai pintar estrela em seu olhar de cor.

terça-feira, julho 07, 2009

Sou sorrir


Vou correr
Quero ser veloz qual palavra
Bom brincar de ver
Cães azuis,Gatos d'alvorada
Vou fulgir
Como um vô velho que cantou
Flor de Guirlanda de jardim
Nem fugi quando vi alma ser criança
Fui moleque ver
Aprendi se tratar de nada
Só sorri.

Vou ser um sol pra te trazer rir
E subir n'árvore do jardim
Assim menino pegando lua na mão
Escrevendo na água fria
Aprendendo amor
Respirando fé e esperança
Sou sorrir.



Tecida apenas com amor


Ontem eu sonhei de verde, pássaro tranqüilo
Catei viagens velhas para recolar
Quis ser um Flash feito de brincar de ver
Ser Super Homem de nariz vermelho de gostar.

Teci diversas Andorinhas, Sabiás, sorrisos
Fui neto calado comendo jiló de alimentar
Passarinho preso e solto, bom da gente ver
Teci conversas de domingo sobre futebolar.

Não costumo fazer preces nem falar direito
Sou feito de uma terra feita em fogo de amor
E só costumo ser moleque e não temer medo
Olhando estrela e sabendo flor
Aprendi com o velho a palavra cor.



Não como resto de hóstias, O meu Deus é alegre
Aquele Deus que me ensinou a palavra mar
E estrelas que caem no colo do coração leve
De um jeito que me sinto filho, irmão de minha mulher.

Não eu não aprendi preces, aprendi a ser vento
E ser um povo que aprendeu a ser chão e louvor
Pois não! eu te entrego a prece de meus olhos secos
Escrita em silêncio no peito,com amor
Tecida apenas com amor.






Ana, doce de se dançar


Ana que rima com lua
Espelho é fato, é lustre de calor
Olha-me
Sei até voar
Calo a boca pra não estragar.

Ana de cor de garrucha
De Bola no barro, De chute
De sabor
Pedra de ver água ecoar
Brincadeira de se entregar.

Ana que me vê menino
Menino vento espanta lacrimar
Ana de ver
Ana de mar
Ana boa de se tocar.

Ana de sonho, de noite
De casa nova
De aventurar
Ana de ser tudo de amar
Ana, doce de se dançar.



segunda-feira, julho 06, 2009

Madrugadas


Madrugadas ensinam latim
Sempre
Elas chegam de manso
Como a rua onde o cachorro só mordia em silêncio.

Me lembram longa Brasil
Cheiro de uma maresia misturada com teor alcóolico
Lixo e carros mentindo alegrias de cidade
Apagando risos.

O Passado deu demão em Guadalupe
E riu nossos meninos e ruas largas
Parece bom
Madsrugadas são primas de passado
E rimam verdades, enquanto lêem kafka.

Madrugadas são noites em silêncio
São sós,mas calmas
E indo assim concordo com elas
Um mundo de cores mudas
É quadro novo, eterno
Chapiscado de lembranças.

No tempo onde o subúrbio era cinza


Ontem eu fui de corpo
Sai fingido de cansaço
Mas era riso.

Sai assim pensando mundo
Mundo era ilha
E aprendi caminho novo
O sonho ensinava novas gentes
E sussurrava acordar cedo com mar perto.

E fui de corpo com pés e mãos
Sabendo o grito e o toque
Sai aprendendo café,manhã, beijo e sorriso
Aprendi desejos.

Ontem eu fui filho
Sai aprendendo esposo
E conheci sorrisos novos
Indo pra ilha em sonho colorido
Pensando no tempo onde o subúrbio era cinza.

De bom era um sonho


Como se eu respirasse inventos
Tive pedaços de mestres entre dedos
Por vezes em torno de madeiras de lei.

Era um sono de sol e cães
As letras e verdades passeantes
E o céu deslumbrado com o cinza do cimento e a goiabeira murcha.

Como se eu respirasse, o grito ecoava
Era mãe e pão
Talvez café
E uma pintura nova ria olhos.

Era cão em meus dedos
Mostrando amor de lingua
E meu falar era aus de muito
Tudo era eu
E éramos mundinhos
De bom era um sonho.



Queria ser vôo


Lendo pessoas eu me sinto querendo ter cidades
Vejo mundos pelaí, não os namoro
Casei e durmo com as mesmas ruas, preciso de transversais.

Preciso de estrelas em paredes
Paralelepípedos novos
Inventos de verde e cheiro de céu
Quero namorar caminhos
Traçar lembranças
Falar disparidades.

Queria ser vôo.


Minha paixão de Saravá


Me dê mar
Se eu falar poesia pelo celular
Cale-me em exercicios imoderados
Dê-me a cidade
Me dispa à noite de luar.

Se for voar me dê guarida para eu não chorar
Dê-me conselhos sempre aos pontapés
Dê-me teu beijo de ferver olhar
E em tempo redija filmes e História
Resgate pedaços da memória
Que nos engana aos borbotões.

Se dia
Me dê palavras que contenham ira
Marrom-Glacê me dê com gasolina
Como um ensaiar de explosões
De trilhos e gabinetes de fardões contentes
Espelhos vivos, Fósseis renitentes
Zumbis de fossas abissais
Que cismam em dar bananas frias, rangos de alvará
Calas-bocas para a torcida
Num Samba-rock bem sem sal.

Mas vá lá
Se for Maria de Bailes floridos
Me espere espelho em beijos sortidos
Me ame assim como a voar
Porque eu vou pra lá
Resplandecer entre cidades de mar
Cantando à Dona Liberdade
Minha paixão de Saravá.






sábado, julho 04, 2009

Gozo aberto das almas irmãs


Meta-te em mim
Boca e escolha
Dê-me teus passos dados
Dê-me a veste nua de ser só a si,pessoa
Seja pessoa em mim
Boca que despe
Dá-me o som do bom sabor das coisas
Diga que ama,diga-me cama
Em sóis seja semana
Seja uma forma qualquer de amanhã
Dê-me o corpo,a prece, o sarro
O descalabro das manhãs
Joelhos feito prece em sanha
Saiba o gosto meu,me saiba em manha.

Quero-te do jeito negro dos negros
Quero-te inferno e céu de desejos
Risco o riso, a cor , a estrela da manhã
Quero me ter teu resplendor de ganas
De talvez morrer sendo-te o gozo aberto das almas irmãs.