sexta-feira, julho 10, 2009

Nas tardes nuas do meu coração.


A luz do meu rir é tua alma
E tua alma tem o incidental das pétalas
Calo-me palavra
Em um afresco vejo a luz que repentina faz prantos
Terem cor bordô
Repare ao pé da escada um sonho querendo-te sorrir.

O mundo é feito de delírios e morcegos
A luz é o natural do mundo no meu jeito
Espere ver esta luz ser luar
E redecorar os fins de tarde com uma cor azul.

Se deliro arte em preces e tecidos e moleques
Não procure um sentido no que é que tem o lírio do motivo
Do desejo e de um mundo onde o espelho te reflete em meus sussuros
E em meio à iris renascem cores
Que pintam a flor do prêmio com um ar de revolta
E de horas onde vêm mais de cem tolas boas razões.

Tudo isso é similar a meu amor
E se desdiz a todo o tempo e confunde e faz mistério
Como um Happening extenso
E parte de tudo é o instante em que teu beijo é meu dia
Nada é mais importante.

Meu delírio é a parte prática deste meu modo de dizer que amo a ti.

Não tenho espadas
Minha única arma é um olhar que repete o de deus quando fala de amor
Não procure pensar
Respostas dão enfado
E verdades causam dores vis.

Só respondo arte
Tendo corações
Fazendo canções
Tendo explosões
Tentando imitar o mundo
Com versos cansados demais.


Todo delírio é a parte prática deste meu modo de dizer que amo a ti.

Veja o sol e me venha amar
Nas tardes nuas do meu coração.

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