sábado, julho 04, 2009

Paz armada de meus pais


Rua de extermínios,sorrisos, álibis,pedras
Faixas e destinos
Corredoria de vultos
E entre gritos cinzas e vermelhões de palavras
Um mundo se faz terror
E o dia é mais que dia
É tudo tão depois
Tudo que se faz palavra
É de asa e faz-se marca
Discurso vezes é fé.

Ruas de Sentidos, distantes sinais e pernas
Cálidos meninos comendo flor de malícia
Ruas de destinos enquanto comem rumos
Esperados dons de amor
E medo se faz sina
O medo é tão depois
Mão e olho e dom na arma
A alma se agarra e mata
Alma vezes é fé.

Rasgue-me triste entre delírios e tretas
Ridicularize a palha da dor, da mão
Cale-me em fogo
Remarque o medo das ventas
Recale o cínico ar de reprovação
Marque-me novo e sinta-me mil planetas
Enquanto vago o sim na mesa de bilhar.

Delírios de lida, corpos comendo as horas
Leitura perdida entre balas de mil noites
Rimas defendidas em pernas dúbias
Palavreadas sobre o breu
Que tecia maravilhas nos olhares que sorri
Tudo é som e som sou hoje
E é verbo
Sou em horas
As facas e a fé
Arde amor, ruas vadias
Vermelhos gritos de mundo
Medo vezes é fé.

Rio dessas grandezes
Olho pessoas
Sou tantos, sou quem foi
Gargalho de miudezas
Olho escolhas
Leio voz de jornal
Grito belezas acesas e vago em nuas
Formas do anormal
Calo-me e sou estrela e ela é cidade
Rio de mim, do Mal
Rio que é cidade apaixonada
Paz armada de meus pais.









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