quarta-feira, julho 22, 2009

Feita de tua mão


Quase era de fingir sorrir
Era eu e a cidade ao chão
Tendo à mão pedras, porvir,
Nada de mim
Cacos de som.

Quase ensejo de descolorir
Em retratos negava-me o são
Respirava em gotas de não
Era eu mesmo o não
Um desorrir.

Hoje colori prantos, desenhei um ser
Fiz-me contas até de somar
Em pastéis costurei meu querer
Fiz-me cine de amor passar
Transei com rimas
Fiz-te canção
E Rio acima, corredeira prima, da minha paixão
Renasci verso e invenção
Fiz-me estranha e sortida estrada florida
Feita de tua mão.

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