Em tons de dons de desalinho
Nos espaços dados tantos
Fazes-me intensa revolução
Enquanto me desfaz qual caminhante
Em um dado sonho insano
Fazes-me líquefeito som.
E em pleno artifício seu
O domínio é ágil e frágil
Um espanto,um canto
Que faz-me desejo em sol e luar
Em terra e mar
Rapidamente servo, acompanhante
Dominado em paradoxo dominante.
E em sério e estupendo abolir dos vãos mistérios
Vago nú em sóis profundos
Em mundos obtusos
E calo a sonhar, a tudo desejar, em chamas,em mar.
Serás tu a estrela da arte
Que de tão aparente
É obscura paisagem
Incendiado presente
Símbolo de verdades
Deusa-mor dos viventes?
Serás tu
A canção que me abre um mistério perene
A poesia sem classe
A arte indecente
O mote do azul
A invenção do detalhe?
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