sexta-feira, julho 31, 2009

Moleque perdido


No anteparo das palavras frescas
Me irrito em domingos entre camas e tretas
Deito agora entre tuas linhas e digo sorrindo:
-Cê vem, Baronesa?
E no espaço do sorriso e grito, me inclino à frente, destemido ator
Desatento piso no dormente, tolo e inconseqüente moleque explodidor.

Meio homem e farto de ruas
Mordido por dentro por dores de cabeça
E um medo de perder-te nua ao vento pendendo nas janelas cruas
Só me calo, menino fugido
Espelho do riso que te entrego vivo
E me torno teu homem besteira
Lume de alma cheia
Moleque perdido.

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