terça-feira, março 16, 2004

Espanha

O problema básico do terrorismo é de sua premissa.

Parte-se do princípio que o terrorismo é autêntico, legítimo, quando ele é relacionado com a resistência de um grupo ao poder opressor de um outro. Porém, conforme pode-se verificar em qualquer coluna de jorbnal, séria, que fale sobre o assunbto, essa premissa é falsa ao demonstrar a diferença entre terrorismo e resistência.

Resistência é a arma de populações cujo território está ocupado na defesa de uma idéia de país, na defesa de sua soberania. Ou seja, Palestinos e Irlandeses são resistentes, assim como Iraquianos e Franceses, quando da Grande guerra.

Sei que ao escrever isso a moralidade do ato de resistência por bombas e guerrilha vai ser um elemento contrário ao argumento, contra isso devo dizer que nunca enxerguei moralidade alguma na guerra, seja ela santa, morna ou fria.

Terrorismo é outra coisa, terrorismo é um ato proposital de violência com o fim de oprimir pelo medo, e cujo estofo é unicamente a defesa de uma tese, não de algo palpável, não de casas, indivíduos, mas crenças.

É como se eu, tricolor, em defesa de meu amor ao Fluminense resolvesse explodir Flamenguistas. Ou seja, absurdo.

O que aconteceu na Espanha e nos Eua ,em 11/03 e 11/09 respectivamente, é apenas ato vergonhoso, horrendo, de pessoas que politicamente instruidas resolveram colocar suas idéias acima da noção simples de humanidade.

Não há o sentimento vivo de alguém que vê sua terra ocupada por estrangeiros, que normalmente acham-se detentores da salvação da humanidade sem perguntar nada à ela, mas um ato frio de imposiçào de uma idéia através do medo, ou seja, não se discute, mata-se quem discorda.

Parece simplista, porém é uma conclusão racional e simples. Palestinos lutam para terem seu país de volta. E a Al Qaeda?

Dizem que o ETa é terrorista, que o IRa idem, que os Iraquianos idem, mas, mesmo discordando dos seus atos, mesmo acreditando que a Inglaterra é melhor pra Irlanda do Norte, mesmo acreditando que o governo central pode ocupar o País Basco, mesmo acresitando que os EUa tinham todo o direito de estar no Iraque, que os Israelenses podem ocupar a casa dos Palestinos, comer a comida deles e ainda chmá-los de esterco, me fica uma pergunta:

Como se sente uma pessoa que vê na sua terra pessoas lhe impedindo de viver sua cidadania e sua vida polítca como elas decidem? eu acredito que indo numa favela do Rio de Janeiro dá pra se ter uma vaga, e nada agradável, idéia, mas mesmo assim a opressão alié é feita por seu próprio povo, E se fossem Argentinos?

Essa é a grande diferença entre terrorismo e Resistência, o terrorismo de Osama bin Laden apenas demonstra que há grupos políticos muito bem organizados buscando um poder através do medo e do caos, não há causa levemente defensável, que justifique seus atos, se derem um país pra eles eles continuarão explodindo o mundo, se derem o mundo eles explodirão Marte, antes porém, buscarão a supressão de toda e qualquer razão, opinião, diferença. Sào como os Nazistas, agem como os Nazistas, só não tem um país pra iludir, e escolheram muito mais gente pra assassinar.

Eu posso discutir com um Palestino, Um Irlandes do IRa, um Basco do ETA e um Iraquiano, são seres humanos, mas com um terrorista jamais, ele abdicou desse título.

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