Nos dedos a bruma vermelha
Ateada do rouco do mundo
Nas ruas os sóis parecem invernos
Costuram palavras, verdades, inteiras
Vantagens da sorte
Feito morte sem razão
Invadindo a página da luz.
O corpo é hoje, é só
É tudo em sol que seduz.
A cruz é quem morre
No seio da farta palavra
Que rompe máquinas e veias
Vermelhas de outro sussuro
O grito em massa
É a asa da luz.
E tudo é bruma vermelha
A barba, o torso do pútrido
Rompendo desenhos de sorte
Feitos por outras mãos
Que não araram a palavra que é luz
E nasce o sol do sonho só
Da alma que rompe a lágrima, corrente,
Expurga o pús.
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