sábado, dezembro 08, 2012

Dos barcos de homens ateus

Se os olhos destes passos fossem mundos
Estrelas do mar
E os marcos dos olhares, das favelas
Fossem outro voar
As artes dos pedaços das estrelas
Seriam o lar dos muitos tantos mil sonhos
Dos tantos ventos sem céus
E cada parte das velas seriam mares sem deus.

Se os muitos mil milagres dos desmundos
Calassem o cruel afago da covarde vida eterna
Do medo do mar
Ruas seriam insanos risos e doces de um mel
Feito do suor que a terra dá a quem semeia seus deus
Um deus feito das velas dos barcos de homens ateus.

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