No obscurecer do mais alvo mundo
Sábia a fonte do mal-me-quer
Rabisca no mar um tom de palha
Reescreve bem viver.
Lábios se escondem na falta
Do ser, do ver
Astros comem a liz
De um dia tonto
Nem mesmo o sol mais sei.
Haverá nascer
Neste dia infeliz?
Haverá rever a existência?
Balas cortam veias no ar.
Nem mesmo lua vejo
No hábito difuso
De não descansar em paz
Reestrelo meus sonhos com o ar confuso
Das canções de beira cais.
Sem nem perceber
Me rasgo inteiro enfim
Pra poder morrer
Tendo existência.
Aves cruzam meu bom mar.
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