sexta-feira, junho 22, 2007

Pela vil e democrática luz

Entre o riso de rir e a lua postada
No cangote do fim
Eu me tiro de letra na rua calada
Roubo sóis de jardins.

É que o mundo sozinho não repara em nada
E eu gosto de atuar
Pela esquerda
Entre o Beque e o muro
Driblando o luar.

E se o remo cair entre o Rio e as alas
Das Bahianas de mim
Resoluto em me rumo nadando de braçadas
Pelos botecos de ir
E salgando o lirismo
Ponho a roupa rasgada de herói de quadrinhar
E rebolo um batuque de exu
Só pra relaxar.


E se o mundo sozinho seduzir minha palavra
Eu me escangalho de ir
Rio no andar torto da mulher amada
Secando o sol de luzir
Pela água do rumo da esquerda velada
Que que já quero mudar
Pela vil e democrática luz
Do ser vivo e andar.

Nenhum comentário: