Rasga-se o tempo entre as pernas, entre os risos
Perde-se tempo no papo que perde a mão
Nem adiantam malas, vozes de congresso
Amor demais é amor revolução.
Afagos de gente
Ardem de medo
Nas manhas da alcova
Além dos olhos verdes existe sexo
Existe sexo entre os suricates.
Vida segue em veios, em veias, favelas
Sem polícia, sem juiz
Comigo, contigo, com ela
Vida se ergue na profunda invasão
De um Pênis, Língua, dedos
Armas de tesão.
Vagalhões de sede
Rompem com o medo, o seco da ausência da tesuda
Razão que ergue o sexo, que faz do sexo
Ser mais que amor que arde.
Corre corpo do jeito da linha que vem dela
E ela é a lis que rompe com toda cela
Amor que arde em homem, mulher, cavalo e cão
É que nem Carcará rude que aboia no sertão.
Todo sexo é a irrazão do corpo unido
E vai além do pão do padre oprimido.
Sexo é livre razão que hoje arde
Livre em corpo, união d'alma sem grades.
Sexo é revolução
Com sacanagem.
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