sábado, dezembro 17, 2011

No vão do olhar

É como um sol, como eu só , um fim
É como um surto, um tom, uma parte
É rara e fina arte
O risco do riso é o súbito símbolo de viver.

Há sinais e faces pelos eternos e simples medos
É passo a passo a fala
Que vem, desamarra o grito, o sutil verso, o sim.

Qual em surpresa o olhar se faz infinito
Se faz voar
E como nunca antes o brilho fino é explosão
É antes
Dê-me a falha, a espada
O rumo volátil de mim é um simples querer.

Dê-me já a fala na qual declamo o mesmo medo
Dê-me um bom segredo
E dou-te o ardor do fim, o desejo de ser
O súbito silencio do mar
Silêncio redito no vão do olhar.



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