segunda-feira, junho 25, 2012

Uma forma de invenção

O sonho é uma forma de vaidade
Redesenhada nas manhãs
Escrita pela fria vã saudade, cidade, que diz bom dia
E vive um afã de ser da madrugada a semana
Calada, retorcida, feita mar
Que em ondas nos transforma, nos transtorna, nos clama
Para um remexer desse lugar
Já feito de monstruosas mil besteiras
Já repintado em quadros de emoção
O sonho é uma forma de fogueira
Incendiemos toda imensidão.

O sonho é uma forma de saudade
Que faz gelo da Antártida derreter
A luz, a alma fria, as cidades, as tardes
São desenhos de mundo acontecer
Há o urro dos medos e das coragens
Deitados nos delírios e nos afãs
De todos que desdenham das vontades
O sonho é uma forma de invenção.

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