Era de fatos e vidas
Era de simples não ver
Era de ser coração
Talvez de mundos querer.
Havia invernos e astros
Haviam heróis e cidades
Haviam canções e passados
Crescer era além de vontade.
De vida o sorriso derreteu-se ácido
Virou de sonho um sentir
De quem se desejava guerreiro
A velha ardente dona do mar tornou um que ama relógios
Um doido de querer voar
Por entre linhas e códigos
Por gente boa de rir
E pela forma de fé que em fé torna-se mundo a rugir.
Nos hojes das letras e lamas diárias
O riso, a fome o pasto, o muro
A medalha é viver o lugar
Dos passos que deu no chão traz o andar
E sabendo viver alma aberta deixa-se futuro mar.
E por ai eu vou deslindar
Ser mais breve, ser menos guardar
E vou derrubar minhas cercas, infernos e ao mar
E vou deslizar por entre as pernas do mundo
Menos eu
E rumo ao mar ser moleque brincando de olhar.
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