quarta-feira, dezembro 02, 2009

De trem


Eu canto Samba
Vago retinto poema
Escolho Anas, reviro olhos, sou sistema
Espero espanhas
Lilianamente rasgo milagres do amor
Espertamente espero um deus, um sabor
E enquanto sou ator
Dedilho um mentol de cores.


Espero morrer vestindo belo terno
Aguardo o trem pra nascer.


Até minha Paris é um subúrbio de frente, nas frestas
De uma praça descoberta
E enquanto há cidades o recomeço do tempo
É uma bossa, um alimento à minha saudade
E tudo é este amor, que é memória, é dúvida, é história
É tribo, é clã, é time, tricolor.

Eu digo trem, e sou mais eu
O Trem é o amor, sou eu, sou Deus
O samba chegou de trem também
Te vou amor por deus, de trem.

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