terça-feira, maio 31, 2011

Na Sala Escura

Luz, contra luz, cenários, ervas, ansiedade, ação!
Cinema cruz ou mil janelas que me fazem paixão?
E todo amor que houver, planetas, parecem só vazão a uma forma de irrazão
Que surrealiza poetas.


Voadoras, amores, velas, mares, cruzes, quintais
Grandes Gandhis ou um minueto
Castratis, Zumbis, Gerais
Fazem novo luar nos olhos de meninos pretos.

Toca na rua velha trombeta, chama revolução
Velha na sala escura, planeta planeja reinvenção?
As ruas são urros analfabetos feitas de gritos e canções
Quase cena de ação
Quase um Ken Loach possesso.

Tão velha quão a primavera, reza lenda de condão
E na janela a velha fera nasce menino em vão
E qual poeta que inverna
Rasga num riso a sutil emoção
De filmar-se  ao lado da bela.

"Abre teu coração ou eu arrombo a janela".

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