segunda-feira, junho 06, 2011

Marchas

Voar, explodir,
Torna-se muita gente esperando na estação.
Gritar, grunhir, esfregando os olhos de choro e de paixão
Transformar mundos de Marte até o seu lugar
Se transformar em imensidão.

Cantar, ouvir, beijar, amar sendo do fogo o incendiar
Correr, tossir
Doer no urro e no lacrimejar
Dar com as costelas no brucutu feliz
Ser só raiz
Radicalizar.

Coisas, mil pessoas, mundos, fundos vão marchar
Sorte dessa vida que há o ir
Contra qualquer arma e amarrar
Contra o murro a nos proibir.

Ir lá, curtir, andar feito um tonto dos mais tontos dos sem Deus
Curar e rir a dor dos elefantes sobre os sonhos seus
É um dia e uma cidade a fazer-nos ver que somos ser e multidão.

Abram suas bocas e cidades, vamos ir
Sobre toda forma de esmurrar
Sonhos que lutamos pra construir
Gritos que urramos pra gritar!

E zás! Sumir!
Voando entre unicórnios e plebeus
Moer com um rir cavalos e soldados tortos, seu rei e seu Deus
Recuperar a pele, o sonho, o alvo e o caminhar
Porque há mais o que fazer...

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