sábado, junho 25, 2011

De ninguém, nem nossos

Como uma cena de velho cinema, um deslumbre semi fatal, ela desanda a lembrar-me cama.
Como se agora perdêssemos horas a buscar-nos não discutir sobre ventos e inventos, dramas.
Seremos pena, um sol, cinema teatral?
Um casal entre cinco mil, únicos, desiguais?

E se somente for tempo presente e o presente nos for desigual?
Teremos tempo pra do instante fazermos drama?
Assim se aguenta o medo tão quente de vermos-nos sendo fim
E no seguinte instante chama.
E somos o que inventa do nosso cinema um ser assim
Um destronador da paz
Um espelho do eu, um desanuviar do sim.

Já não vejo o medo da rua, da curva e nem há uma razão
Há só o caminhar nas camas
É a velha cena,  o beijo, o tema, somos assim
A sempre sermos de ninguém, nem nossos a ver-nos sempre por bem
Sem fim..

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