A canção que me encerra
Parece voz selada em destinos vis
Repara um segredo exato e trilha caminhos que pintam o que o peito meu
Cria entre tardes novas e o riso que vem ver
A vertigem da palavra que transita em sons e casas.
Sinos calibram tropeiros
As mulas rodam sem notar o seu lugar
Montanhas caem dos dedos
Imagens são futuros qual pintados em maquinários lisos
E segredos caem dos cachos, a alma respira livre um velho bom saber
E o terreno da palavra, arado reage e dá florada.
Todo amor é dor e velha hora
Tempos são estudos da alma no grande caminhar que parte peitos e lidas
Vestígios de perfeitos sonhos trilham velhos caminhos
E se vão embora
E somos tantos assim no simples dom de voltar
Calamos os outros que fomos longe em um tempo
que dá-se ao mar.
Nas voltas somos novos
E eternos na lembrança de quem se quis ser ao olhar
Das lindas formas de loucura que repintam nosso desejo
As estrelas negam dor e o sonho é um segredo de amedrontar
E é neste tipo de estrada
Que a sina faz-se alma.
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