quinta-feira, junho 30, 2011

Ausente a cruz

Nomes Sol
Ardem palavras entre azuis
E qual fogo o vento grassa em letras
Some a cruz.

Os céus tão nus levam-me terra aos pés
E toda a Terra é filha grata das cores, da luz.

Noto-me de Rio e infindo o Rio leva-me ao mar
Mar de correnteza, corpo areia, mar na veia.
Calmo, o som do homem é chão
A flor de sua paixão é esperança, é cheia
Lua clarim, ilusão, espantosa visão das belezas, das teias
Que trançam esta visão apaixonada da cor, do amor e da vida
E a própria luz viva
É um sol, o sol que o olhar mal traduz
E faz-se novo
Em Rio, em mar, em vida, ausente a cruz.

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