domingo, setembro 16, 2012

Marginalidade

Meu sonho grita na marginalidade
Meu sonho é crente que tem a razão
(Às vezes não)
Meu sonho bebe o cerne da arte
E a cerveja que chega a pedir permissão
Meu sonho muda o rumo da urbe
Nessa coisa vontade que desce gelada
Meu sonho morre no tom da saudade
E na pele que arde se rói de firmeza caiada.

Às vezes a forma da gente é um sonho que vence
Nessas pelejas que a vida na lida faz parecer jeito
E forma de ser toda briga que beira o luto
E no fundo é verdade naquilo que faz da gente brasileiro
E traz na voz embargada o som de ser assim botequim
Malucada
Samba cruelmente construto do riso, da gaita
Que ri da velha e suada rua, do beco
Das rusgas, das rubras velhas brincadeiras
Na porrada
Na besteira
Somos todos esse jardim
Onde o sonho grita as marginalidades.


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