domingo, setembro 16, 2012

O andar

Na lida a gente monta o mundo
Faz-se reluzir
Na raiva que o mundo passa somos tantos, somos lugar
As coisas que se fazem rir
São formas de se fazer mar
O tempo é uma ilusão, é jeito de se lembrar.

Há vida onde perdi
Há morte no conquistar
Das coisas que me vivi
Os abraços, as asas, são feitos do olhar
Há marcas feitas de dia
Há marcas que são luar
Os dedos que viram mãos
Os passos marcados do enfrentar.

Há asas no todo do dia
E o calendário é o voar
A farta vontade do tempo é a vez do rir
E a vez do ir
É o mar.

Há riso no que se é sozinho
Há no todo o gargalhar
E a arte é a razão precisa
De ver, de no todo gostar.

Se tu reparar, o eu é um reparar sem eus
O passo é a razão precisa do existir do andar.

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