sexta-feira, março 17, 2006

Palavra, Qualquer, Palavra

Raspa palavra em meu
Sonho livre de anuncia
rAlgo feito doido céu
Algo perdido ao luar
Regrado por mal e eu
Calado a se retirar
Entre delírios e barcaças
Alto mar que dá de graça
Talvez nova vã palavra
Que eu pegue e torne concha
Que espalhe em minha vida todo o som de algo mais.

Cala-te palavra
E em meu mundo faça-se calor!
Que resgate da canção
Talvez sonho, talvez cor
Faça-se milhões de Eus
Faça-se minha ilusão
Entre aspas, entre ócios
Entre sonhos
Que me falam mais tamanho
Encrustrado em novo plano
Algo ao menos não humano
E perfeito na visão.

Palavra se afastePor Deus!
Por qualquer coisa que há!
Pare de dizer-me meus
Jeitos de perambular!
Faça as malasDiga Adeus
Vamos por aí costurar
Mil caminhos
Mais mil almas
Sem retratos , sem caladas
Almas, tralhas, falhas, asas
Algo que jamais me valha
Vamos ter em nós a calma
De escrever
De revelar.

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