quarta-feira, março 29, 2006

Milharal de pensamentos

As falas dos homens são apenas vértices de almas impróprias perambulando por aí. Como sinos.
Será verdade que o futuro é um encanto despropositado do homem com o fantasioso medo da morte?
Há porventura algum sentido em esconder-se do tempo, como se a vida parada deixasse algo mais que a imensa dor da inexistência?
Ou seremos todos apenas pérfidos meninos a brincarmos com uma solidão ininterrupta, enquanto observamos o jogo das estrelas com ódios na mão?
Aposto eu, imundo poeta de beira de calçada, que cada centelha que explode agora, nada mais é que uma resposta inevitável a todas estas perguntas. Porque a centelha de cada olhar e notadamente dos olhares febris, é a vida em si mesma, imortal, eterna, mesmo que o corpo acabe.

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