terça-feira, dezembro 05, 2006

A pé

Vadia beleza
Algo insana arte que hoje embala
Letra perdida ali
Pernambuco arrisca
A insania doce do subúrbio pai
E eu sem nem sair.

Tanta coisa nula
O som embarca
A espanha que tamanha
É só eu
Nesta confusão de arritimia
Que a sanha do meus ócios
Fez-me em Deus.

E acabado nas arcas de Noés que são gentis
Nasci em cem
Fui ninguém
Amei nas palavras
Perdi deuses
Fui além
Como se houvessem nas pessoas alecrins e tubarões
E respingassem massas
Que desnutrem sob os olhos
Se olhadas sem canções.

Vadia certeza
Note que chorei em paz
Nestas palavras
Francas, ausentes
Pela fé
Como se nas luzes
Meu sorriso fosse luta
E improviso
Nas imbelezas de uma sé
E eu que meio estranho falo alto
Torço alto
Como alto
Sonho até
E eu que meio estranho falto em falso
Dou-te nova estrela acesa
Assim
A pé.

Nenhum comentário: