quinta-feira, outubro 29, 2009

Tua mão


Repare no armário de outros jeitos
Espelhe-me feito de um mesmo ser
Um gárgula, um anjo contrafeito
Qualquer coisa de querer.

No dolo do simples vil desejo
Nos dois entre feitos surgem já nós dois
Espalhadosem gozos insuspeitos
Pensando depois.

Há mil rimas que não dariam um olhar
Que não diriam o voar de meus sonhos, surtos
E há, menina, um jeito de te querer
Que faz tolo um coração
Tome tudo, sem perdão!

Abra a porta,não repare no tapete
Espere e respeite, deseje, tenha horror
Me tome no auge dos meus flertes com teu sorriso e cor.

Não há no meu mar milhões de feitos
Nem pafres depeitos,nem bruxas, nem a cor
De outro que não um meu desejo de me explodir em cor.

Dá-me a linha do meu eterno voar
Olhe o que eu enxergar
Vejo séculos, mundos,nessas vinhas
De teu desejo beber
Há algo em meu coração
Qual teu tato, tua mão.

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