Sou zeros e sonhos invisíveis
Pelas ruas de cidades construo um país de erros e veros ventos
Nas estantes empilhos livros modernos e seus infernos sem Deus
Construo um velho terno pra me tornar um ateu.
Invernos, infernos, são rimas pra meus ouvidos
Morrem crianças dormindo no peito do país
E os adultos Sinceros
Cantam sua fé, seu adeus
Meu trololó é eterno, assim como as falhas de Deus.
A zabumba urra e delira, os filhos dos homens morrem em cruzes eternas
A libertação usa calças e burcas nas palavras
Os loucos devorma o ódio e saem às ruas
Determinados, determinantes na crucificação dos díspares
em meu sertão e africanismo eu zabumbo
E danço na frenética cidadania das urbes afora
Não rimo como dantes, não sou arte
Sou urro
Me isolo no libertário grito desmontador de medos
E na espada de quem me ensina a caminahr pego o arco de meu pai
E zabumbo na alegria poética de um deus menino
Um deus ateu, um deus meu, um deus vivo, um deus que não pede corpos como fé.
Eu zabumbo, e você?
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