domingo, abril 15, 2012

Fome

Fome de ver
Ser humano
Fome de espetáculo
Fome de explosão de danos
De calmaria
Palco
Doce de cruz
Sangues, planos
Espalhadas, aço
Reis, Vacilos, Aspas, quadros
Pardais sobre a língua.

Fome de sorver o sal das pernas
Das galinhas
Das santas que a pátria pariu
Das putas metonímias
Nas tardes, nas distantes cores do espaço
Cordel de extremos
Fome de orgias
De estrada, de bambuzal
De palhaços, carnaval.

Entre os nossos, entre externos
Comamos tudo, comamos
Entre as pernas, entre versos
Sejamos o dolo cru desta fome por anos
Pelos Estácios
Fome de nus
Fome de sonho
Fome de estarmos cruz.


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