segunda-feira, outubro 01, 2012

O mar que deságua no mar

Meu riso de ver é o sumo do mundo
Minha forma tosca de ver-me é a gota das águas das palavras
Toda palavra é um ler
Palavra é cores
E coisas se fazem ser
No verbo que há em mim
E sou eu como homem o homem que me lês.

Há partes do ser que não se aguentam em mim
Há partes de ler que são poemas.


Meu olho de ser é próprio do mundo
É próprio de rir paz
É o seio, o gosto, o sal, o sumo
Da forma que me jaz
Por entre as cores
E as formas finas do ser
Palavra que há em mim se deleita em fome
Uma fome de ver
As partes do ser que não se aguentam em sins
Tuas formas de ver as letras atentas do mar que deságua no mar.

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