sexta-feira, fevereiro 25, 2011

No intervalo de um jogo de azar

Vá, me dê sossego, me deixer ermitar.
Amigo, dê abrigo!
Vá me dê semanas e me faça sonhar o risco, amigo!
E se eu tiver medo me dê ilusão! e se eu tiver medo me dê uma canção!
E se eu tiver medo a vaca está lascada!
A vaca pode ter ido ao brejo se aliviar!


Nas pessoas eu arrisco problemas, de certo modo até matar,
No espaço deste grilo eu faço piadas enquanto posso gargalhar.



Desespere a lama, requebre o lugar
Só rindo do amigo!
Desagrade a rampa que o Planalto achar
Só rindo do grito!
E se tiver medo faça do medo um cão
E do cão um nego que te faça ser apressada
E na pressa possa te causar furor.

Desespere minha mão de poemas
Pra levar corpos pro jantar
Espalho os ossos que tirei do armário acho que ao longe eu vejo um cão ladrar
Demoro um ano inteiro no intervalo de um jogo de azar.

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