Não tenho palavras pautadas nos muros, não escrevo com olhos confusos
Enxergo confusões e deliro e faço deslindar o tempo
Por medos e obscuros risos
Não sou nem poeta nem cristo nem vejo espelhos quebrados no pasto
Vou ali rebuscar minha rua enquanto dá tempo pra beber à lua
E se invento o mesmo dos tempos, dos astros
Esqueço meus olhos no quarto enquanto combato com Deus.
Não invejo o medo das mil consequencias, nem perco minhas inconsciencias
Espero talvez que o que digo me deixe então ladrar pro vento
Enquanto as almas andando me deixam ouvir contrabando
Sem ter de me notar bandido.
E em tempo me vejo deitado no quarto uivando pra uma velha lua
Criada em seguros segredos numa nova rua
Que há tempos é feita de velhos diabos, criados com leite de um pato pintado com traços ateus.
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