quinta-feira, fevereiro 23, 2012

Asas que marcam-me humano


Asas coloridas
Partes de sóis humanos
Espelhadas razões que me fazem passos
Entre os perigos, estradas e mansos jardins
Que se erguem calados
Nestas nuvens de chumbo que assustam o gado.

Asas partidas
Vozes e estrados
De camas e corações que criam versos e palavras
Que me fazem um rastro de irmãos e cantos
Eu, que só, me chamo apenas alma
E me sinto amado.

Asas dadas, tímidas
Que me fazem astro
Que me fazem marcha, fé, espaço
E  na sanidade dos risos
Me entrego e calo
Pois a vida é dura
E um prêmio grato.

Asas que me ensinam
Asas de mil anjos
Que me fazem ter coração
E ter um marco na pele
No mundo, no cérebro, no nome
Uma marca de povo
Uma marca de estranho
Em terras estranhas chamadas sonho.

Asas que me ensinam, que me são o riso
Que grato amplio nos mundos que grito
Nos sambas, nos barcos
Nas camisas, bandeiras, nos cantos
Que assim como seguem, marcam-me humano.

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