segunda-feira, fevereiro 27, 2012

Apenas desavergonhar


De Deus é uma arte de alma lavada
Uma alegria de tapa na cara
Um sorriso de multidão
E sei que as armas se fazem raras
Que os punhos se cerram, falas endurecem a emoção.

Calei o terrível do medo de não ter  mais dor
O sorriso sem eixo
O segredo, o ardor de um sangue que não é o da minha liberdade.

Achei a palavra do sonho por entre lamentos
Escutei a verdade dos velhos unguentos
Tomei cana pra acordar
Parei e vesti a semente de Jorge nos versos
Fui guerreiro, amei Rio de desejo
E fui apenas desavergonhar.

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