quinta-feira, fevereiro 09, 2006

A sina de ser Carnaval

Sob o sol
Embriagado busco outra essência
Vaculho mundos plenos de consciência
Sinto em vão o sinal
De um mar
Que mareia minha vida
Eu tão distantes das ondas
Das linhas
Buscando, afinal.

Onde as artes vão se abrigar
Desta tragédia que é o normal
Que abunda em cada olhar
Seco, morto, sem sal?

Onde a vida vai desaguar
Se em nós há um abissal
Medo tolo de nos tornar
Mais que o mal.

Há em cada ser
Esta estrela ribalta de tudo tecer
Maravilha inata de só nascer
Vivendo o novo de dias banais
A florir
Auroras que bastam
A tudo
A si
No sorriso que abre um feixe de explodir
Estes soturnos animais
Que morrem a cada esquina
Na hipocrisia normal
Deste não viver a sina de ser Carnaval.

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