terça-feira, agosto 21, 2012

Caravelas no além-mar

Uma rua, a matriz das luas únicas
Uma rosa, uma fé, uma ternura
Feita lago e lua
Feito túnica de uma breve vontade de ser sol
Nesta vida que se é revolução seja em armas, em vícios ou em ímpetos
Faz-te tu um desejo, um ar, um símbolo
Uma forma de amor tão libertário que meus olhos de doce poeta ácido
Tornam-se jardim de afeição.

Uma luz,uma lógica, uma pressa
E o amor fez-se simples e exato
Um destino, um segredo, um passo, um marco
Uma forma sagrada de amor
Feita do sangue de um Deus Condor que sobrevoa a tudo tão andino
Combatendo operações homônimas do opressor
Já sem medo de Deus ou do Diabo
Do Dragão que a maldade premiou
Uma luz que se forma operária
Um amor que se liberta em amor.

E escrevo como quem constrói um ninho
E reza luas que se formam novos sóis
Faço um Deus das palavras e esquinas
E faço linhas do amor que esconde o sol.

E dos nossos passados toda a prece se transforma num riso atrevido
Nosso peito é qual um som sorriso
Feito de caravelas no além-mar.

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