domingo, agosto 12, 2012

Das coisas já escritas

As palavras me fundam
O som do que ou vi
Faz-se novo ouvir e serve para as velas ao mar serem lis.

As palavras me findam
O som do que vi
Tece-se ouvir e constrói mais velas
Iluminam-me em ti.

O som das flores, os delírios do mar
Casas que ardem como flores, como benignos oceanos
Como um sol a louvar
As aspas infindas que desenham-se ar
As espaçonaves todas feitas de desígnios e novos planos
Que se fazem já
As tantas linhas já escritas
Que se trazem já
Que te fazem ar
Em linhas já escritas.

As palavras me infindam no som que se diz
Tudo o que se diz faz-se vero e à vera transforma-se em ir
As palavras me pintam da cor que escolhi
Cores que escolhi serem vida eterna e em som colori.

Os lábios doces, os desenhos do ar
As nuvens, as linhas que se formam anos
O rosto ao mar
Sendo areia, onda e esplendor solar
Montanhas de homens, luzes, sorrisos que nos tornam mar
E nestas linhas faço-as minhas
No verbo do que há
Neste eterno já das coisas já escritas.



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