sábado, junho 17, 2006

Entre Arcos e chamas de Rio

Canta espada
Canta
Em teu nome sangra
Aquela planta, o pranto
E os determinado incenso
Que cheira ao mês exato
Em que os rios dançam.

Canta cais
Canta invento, vento que em pó
Faz muro e mó
Rolarem como se o fio
Da alma, corresse aquela estrada
E morresse em folhas mortas
Do fumo queimado
Do sexo usado em planos e ganhos.

É o movimento do tempo
Quase sem tempo
Sem intento ou Rio
Que navega em mim
Por estas ruas sem velhas velas, corpos ou a mim mesmo
Aqui sozinho
Notando Arcos
E você
Cadê?
No Rio onde é meu pranto
O espanto dos mortos vivos
Na calçada
Abaixo do Menezes cortes.

Como ser sorriso
Neste fio de espada
Calada
Nos versos que nasciam
De dedos elásticos
E hoje uivam?

Canta Sorriso
Longe de você
Que em meu Rio nasce a ser
Um delírio
Que traz o sorriso cansado
Do sonho
A meus dedos
Agarrados na lâmina dos sabres
Dos versos
Que ardem
Entre Arcos e chamas
De Rio.

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