sábado, junho 17, 2006

Entre as partes da mão que não esconde a risada

Invento detalhes, colossos
Recados de dormir
Cravados entre indústrias que misturam seu papel
Ao de nossas horas, nosso sonho
Nosso mel
E nós , embriagados
Dançamos na festa de um céu
Que já vai morrer.

Ouvi um dia Bussunda retrucar sem medo meu
Que não havia loucura a não ser negar o peito
Achei muito perfeita a invenção de murros longos
Depois de troncos ornados pra viver
E eu vou viver.

Entre harpas, aspas, cores
Luas doces, novas
Enviei minha alma à sorte
De outra alma viva
Construi casas de sorte
Nesta casa minha
Linda.

E nós
Poetas das quebradas
Entre copas, entre reis
De espada sempre na mão
Samangos, nossos irmãos
Pegando pesado contra nós e contra a vida
E nós driblando a vida
Chutamos de longe, com a torcida
No Gol de placa da vida.

E entre penas, cores
Dores, coisas nossas
Achamos a arte tão bom
Que a fazemos viva
E vida
Entre as partes da mão que não esconde a risada
E a vida
Viva.

Nenhum comentário: