sábado, junho 17, 2006

Guerrilheiros da felicidade

Sambar sem fraque e bom tom
Roupa fina
Ou sapato de cor
Vivendo longe do horror
Dançante nas estréias
Na emoção
Da escola dos caminhantes descalços
Guerrilheiros da felicidade
Robustos em sonhos e atos
Cantamos as almas que ardem.

Nós nascidos em valsas
Perdidas entre medos chinfrins
E vendas de almas e pessoas
Se fazendo orgulhosos longes de um país
Que samba aqui no fraque de uma rua inteira nas mãos
Das pessoas que sentem o chão
Em que pisam
Sambas diaristas da sorte
De viver
Entendendo os pés
Na dança eterna de vidas sofridas
Cantores do canto que me é.

No nó da gargante desta tanta vida
Escrevo o laço
Que me é.

Nenhum comentário: