sábado, julho 01, 2006

No samba de dia de jogo

Acordei na solidão das horas
Olhando alheios ventos por entre os dedos
Versos jamais andaram por entre os vales
De tarsos e metatarsos
Que antecedem as dores em letras.

Andei por entre tábuas de passar e o café não feito
As horas arrastando-se na máquina de moer carne
Da cidade de outrora festa
E sol se indo
Frio em ventos e curvas
E a falta de alguém no peito
Cambaleando a alma.

E assim seguindo entre cortes
Parafraseio o dia a dia
Sentindo outra manhã substituir a dor
E vendo a esperança no pandeiro de outrem
No samba de dia de jogo
Eu
rindo.

Nenhum comentário: