sábado, julho 01, 2006

Mato-me de viver e sonhar

Ando sem mim e vou morrer
Me faço ir
E sem assim
Nem mesmo ver
Vou me matar aqui e ali
Entre camas e dores de outro não
E sem ação
Eu vou assim
Como sem cor.

E se eu mesmo ir
Canso demais e faço-me ninguém
Porque o mundo inteiro faz cinema
E eu detesto invenção
Canso demais no turbilhão.

E entre aspas tão pequenas
Vacilos de bilhar e noites
Raspo agudas indiferenças
Da pele de meu coração
E sigo em frente
Tantando um beijo explosão.

Me faça rir
Pra ir e mais
Cair aqui
E por sabor
Deixar o Rio me cortar
Dos rumos da decoração
E eu tão só
Mato-me de viver e sonhar.

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