segunda-feira, julho 31, 2006

Gran Sorriso

Vão
Todo poeta é um pouco vão
Menino perdendo a razão
E escrever é respirar
Tentar anuviar
A própria paixão que enlouquece a fúria
De todo perceber
O mundo, o sol, você
Qual uma surpresa rubra
Água destilada do sangue da própria lua.

Vâo, assim como que faz canção
Como repintar a imensidão
De renascer por entre o mar
E todo novo olhar
Que faz o chão ser mais que quadrados de rua.

Como poder dizer
Que paixão faz nascer
Fogueira sempre, nua
No peito infante
Do poeta de horas?


Não, não abdico da invasão
Do vento a meu coração
Preciso ser sol pra notar
Vida em cada olhar
Em cada caminhar
Pelos anos da rua
Que me fazem saber
O sal, o sul, você
Ali entre as luas
Novas, decididas
Mães de toda aurora.

Nâo, hoje liberto-me da prisão
De meu calado e vão eu
Repare a cor do coração
E olhe meu olhar
Apenas a arriscar sua cor, seu perdão
Pra poder renascer
A cada bom viver
Com teu sorriso nas mãos
Este gran sorriso
Que hoje é canção.

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