sábado, julho 01, 2006

Canções de honra

Rabisque as noites lá no céu
Foices esquentam
Repare bem nos de chapéu
Eles não lembram.

Há sóis e cores demais
Não ria
Há avisos no portão de tarde
E naturais risos e bebidas
No corrimão da escada sul
E por isso mesmo tudo desafia aqui
Até a noite fria
De uma rua qualquer
Em mim e você
Solta sem cores
E maiores maravilhas.

Balbucie um hino agora
O jogo acabou
Mas tudo gira em si bemol
Sem horrores maiores
E a velha missão impossível
De seguir acreditando.

Melodias assim
Deitam sonhos em nós
E mesmo vendo Dom Sebastião em pés cansados
E ritmos de rapazes
De Livres pulos e andarilhos desejos
A gente segue sem maiores ventos
Seguindo o gesto correto
Que não comove os de chapéu.

E os de véu não riem
Pois somos ingênuos amadores
De armas em punho
Armas canetas
Armas feitas de jornal
Delírios de homens bombas
E notórios onze reis
De chute forte
E ventanias de querer
Ser mais que nós
Ser canções de honra.

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