quarta-feira, julho 19, 2006

Argonauta do vento

Desenho de giz um terno e manso olhar
Afago minúcias entre o caminhar
E a incerteza
Espada não cantante de além mar.

Eu um argonauta de causas infindas
Das palavras
Recrio um passo
Em ofegar distante
Do chegar.

Todo alma
E penas
Espadas e cenas
Feitas palavras e tempo
Vago a sentir
Meu peito retumbar
Espalho olhos, sonhos, pelo ar
Inverto alentos e navegares
Pelas instâncias do explorar
Da palavra amor suas belíssimas
Mil estradas
E lanço-me aos mares
Na esperança de bailar.

Qual alma
Qual cena
Esperança extrema
Argonauta do vento.

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