quinta-feira, novembro 06, 2008

Desesperos concretos

Mudei as notas das beldades entre dores e risos
Rasguei meu sexo tântrico bem na mesa do Engenho de Dentro
Rebolei sintaxes no exato sentido do nome próprio dos meus planos
E soletrei o medo ainda que busca reparo para o que eu sonho
Por causa da mágoa que assola os meus bons dias enquanto eu perco mais um ano
E parei embaixo dos arcos da Lapa com ecos de Elis Regina
Por muito mais que um sorriso
Por muito mais que amor.

Escrevi versos de anjos
Fiz pela música do sonho de amor eterno
Desenhei magias por fazer planos com você pelos mundos destruídos
dos céticos
Te peço em casamento nos sonhos coloridos
Que me iludem decerto.


Meu nome não tem memória pros sites Brasileiros
e eu nem ligo, pois não tenho importância
A hora das derrotas viáveis e indiscutíveis me pegam no meio tempo
entre a loira e a morena, a cicuta e a cerveja e outras dúvidas sem sentido
Nas páginas dos jornais inebriantes resmungo milagres e fatos nocivos
Por música, por maldade, por domínio, por delírio
Passo horas recriando vícios
Viajo na idéia do reconhecimento no mesmo momento que caio no riso
E por isso eu não morri
Por isso me destruo de amor.



Derreti ouros e planos
Rasguei a blusa rompendo com mil decretos
Exagero a bagunça dos meus anos
Regular minha loucura eu decerto não quero
Fico de saco cheio de planos infalíveis
Enquanto rascunho meus métodos.

Se meço meu sorriso notando o que virá
Resmungo rotas de sobreaviso
E vago na história de renunciar à toda lógica de raciocínio
Por causa do sentido do meu amor a olhar a performance do desabrigo
E me permito ver as novas fontes daqui vivendo e cantando
Tentando ao longe qual louco te perseguir
Enquanto me mando pelos caminhos, pelos trilhos
Do que sinto ser amor.

E reduzindo desenganos
Costuro a lógica no peito totalmente aberto
Crio poesias e faço planos por você
Pelo mundo e pelos anjos despertos
Não minto ao dizer que te amo
Entre risos
E desesperos concretos.

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