Pau na palavra
Pé bem no chão
Rabisco rua
Faço ilusão, faço loucura
Faço invenção.
Pinto a preta na luz azul da rua nua
Finjo ilusão
Nego frescura
Rimo com Rio
Rimo com lua
Rimo com chão
Toda incerteza do medo safado do espelho
Do se notar inversão da palavra no ato desejo
De se gostar
Quebrando atabaques no ritmo cheio
Feito de luas, qual ser delícia
Que agarra o sol e a invenção
De ser criança.
Pau no verso da ilusão
Cria-se nua a rua então
Palavra pura
Rima com chão
E desliza mão, pele, ocê
Canta-se nua qualquer canção
Bate-se rua
Tambor, Okê!
Tudo insinua mesmo invenção!
E como se fora antes misturam-se instantes
Ruas e mar
tornam-se muitos milhares de tão inconstantes
Gentes que há nas palavras e costas de pretos instigantes
Mundos e fundos
Sonhos e óbvios tons da palavra Revolução
E falo sério!
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